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domingo, 25 de maio de 2025

Polícia busca mais envolvidos na morte de jornalista

10/02/2006 13h49 – Atualizado em 10/02/2006 13h49

Midiamax News

A Polícia Civil ainda está à procura de outros envolvidos na morte do jornalista André Luiz da Costa Felipe, executado a tiros no sábado, dia 4 de fevereiro. Até agora foram presos os soldados do Exército Ronaldo Everaldo Ferreira Marinho, 21 anos – assassino confesso do crime – e Bruno da Silva Galvão, 20 anos, o desempregado Alcizino Valério dos Santos Júnior, 19 anos, e o borracheiro Allan Bruno Gonçalves Ribeiro, 20 anos, os dois últimos apresentados esta manhã pela Polícia Civil. Ronaldo Marinho, o “Peixe”, e Bruno da Silva Galvão, o “Pega”, foram presos na segunda-feira depois de confessarem participação na morte de André Felipe. A Polícia divulgou que estava à caça de Alcizino Valério, conhecido também “Teteco” ou “Alemão”, a pessoa que teria emprestado o revólver calibre 32, usada para matar o jornalista.Alcizino disse que alugou a arma para o soldado por R$ 100,00 e teria perguntado para que seria usada, mas Marinho não falou. No entanto, o delegado Luiz Ojeda, titular do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Seqüestros), disse que a participação de Alcizino Valério vai além do aluguel da arma.Após ter matado o jornalista, Ronaldo Marinho usou o carro de André Felipe, o Celta placa DHZ-4902, de Campo Grande (MS), para deixar Bruno Galvão no quartel, no 18º Belog (Batalhão Logístico do Exército), onde ambos estão lotados. Em seguida, encontrou-se com Alcizino, Allan Bruno Gonçalves e Vinícius Torres, o “Sereia”, parente de Marinho, e começaram a dar voltas na cidade, passando pelo bairro Tijuca II, onde eles moravam.Depois do passeio, por volta das 4 horas, esconderam o carro num local identificado como “Barraco do Zé”. Luiz Ojeda disse que todos sabiam que Marinho havia conseguido o carro depois de matar o jornalista, fato negado por Alcizino e Allan Bruno.Por volta das 11 horas, Ronaldo Marinho pediu ajuda de Allan Bruno para abandonar o Celta do jornalista. Enquanto o soldado do Exército dirigia o veículo em direção à saída para Rochedo, Allan Bruno o seguia de moto – a marca do pneu da motocicleta foi encontrada pela perícia no local. Allan relatou que trocou o pneu que estava careca.Segundo o delegado Márcio Obara, que auxiliou nas investigações, os dois foram vistos quando empurravam o carro. Allan Bruno contou que Ronaldo Marinho tentou atear fogo no veículo jogando gasolina e que disse que iria embora caso ele continuasse.O delegado Luiz Ojeda disse que eles somente não finalizaram o plano porque o combustível era insuficiente. Segundo informações dos delegados, Allan Bruno ainda era o receptador do material roubado do carro do jornalista – na borracharia dele, no bairro Tijuca II, foram encontrados o estepe, o aparelho de som, triângulo, a roda de ferro, o macaco e o tapete, produtos comprados por R$ 60,00. “Não matei ninguém, não participei de bagunça nenhuma; não se o que vai acontecer comigo”. PlanoMárcio Obara explicou que ainda existem contradições nos depoimentos prestados pelo cinco homens e que os policiais procuram outros envolvidos, direta ou indiretamente no crime. A Polícia Civil quer interrogar o Zé – dono do barraco onde o carro foi escondido – e Vinícius Torres, que seria parente de Ronaldo Marinho, grau de parentesco não revelado pelos delegados. Além dos equipamentos encontrados na borracharia, a Polícia apresentou um guia feito por Marinho para matar André Felipe. O plano era descrito da seguinte forma: Eu – ligo vamos eu (sic) Você – andaanda (sic) Eu- sento na frente Você – enquadra Eu – seguro Você – apaga. O delegado Luiz Ojeda disse que o plano foi escrito, pois Bruno Galvão tinha dificuldade de entender.

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