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domingo, 25 de maio de 2025

Brasil fecha acordo que limita entrada de têxteis da China

09/02/2006 21h20 – Atualizado em 09/02/2006 21h20

Estadão.com

O Brasil fechou hoje um acordo com a China no setor têxtil. Em reunião comandada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os chineses concordaram em restringir as exportações de oito grupos de produtos têxteis para o Brasil, o que representa algo em torno de 70 itens. Amanhã, em Pequim, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, e o vice-ministro de comércio chinês, Gao Hucheng, assinam Memorando de Entendimento entre os dois países que, entre os pontos, define cotas para a entrada de alguns produtos têxteis chineses no Brasil. O acordo passará a valer 30 dias após a assinatura dos ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do Comércio chinês, Bo Xilai, o que deve acontecer em breve. O Memorando prevê a adoção de limitação voluntária de exportações chinesas de oito principais categorias de produtos têxteis e de vestuário para o Brasil, totalizando aproximadamente 70 posições tarifárias, o que corresponde a 60% das importações têxteis. Segundo o documento, de 2006 a 2008, as exportações chinesas para o Brasil deverão se manter num patamar estabelecido, que, no caso de tecidos de seda, por exemplo, não passará de 9% de crescimento (ou 66 toneladas) em 2007 e 10% (ou 73 toneladas) em 2008. Com relação a este ano, os números serão calculados após o início da vigência do acordo. Ivan Ramalho destacou que entendimento similar somente foi assinado pela China com os Estados Unidos e com a União Européia. “Naqueles casos, contudo, o porcentual de cobertura do acordo foi consideravelmente inferior: no caso norte-americano, somente 45,8% e no caso europeu 30%”, disse. Para ele, a colaboração de entidades representativas do setor privado, como Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), foi fundamental para o fechamento do acordo. O Memorando prevê ainda que o controle dessas exportações chinesas será feito pelo Brasil e que a China providenciará a cooperação necessária. Além disso, os dois países concordaram em criar um grupo de coordenação bilateral para trocar informações sobre estatísticas, metodologias e listas de produtos considerados de impacto negativo para a indústria doméstica. As informações são do site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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