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sábado, 24 de maio de 2025

Parreira anuncia blindagem para evitar oba-oba na seleção

07/02/2006 09h01 – Atualizado em 07/02/2006 09h01

Terra Esportes

Na reunião da comissão técnica da Seleção Brasileira, realizada ontem, no Rio de Janeiro, o técnico Carlos Alberto Parreira expôs seu maior medo para a Copa da Alemanha: o excesso de favoritismo atribuído à equipe pentacampeã mundial. Para evitar que a euforia da torcida influencie os jogadores, o treinador anunciou uma “blindagem” desde o dia da apresentação dos jogadores.”Teremos de fazer uma blindagem positiva, não deixar que o clima de euforia e oba-oba chegue ao grupo”, afirmou. “O Brasil tem uma grande seleção, possui os melhores jogadores do mundo, mas esse favoritismo tem de ser comprovado dentro de campo”, completou Parreira.Outro tema discutido pelos integrantes da comissão técnica foi o planejamento para a Copa do Mundo, desde o embarque no dia 21 de maio para a Suíça, na cidade de Weggis, onde a Seleção Brasileira fará um período de preparação, até a logística envolvendo viagens durante a competição. Além de Parreira, participaram da reunião o supervisor Americo Faria, o coordenador técnico Zagallo, o auxiliar técnico Jairo Leal, o médico José Luís Runco, os preparadores físicos Moracy Sant’Anna e Paulo Paixão e o assessor de imprensa Rodrigo Paiva.O treinador do time pentacampeão do mundo também afirmou que as portas da equipe não estão fechadas para o atacante Rivaldo e defendeu o goleiro Dida e o lateral-direito Cafu das críticas que sofreram após fracas exibições pelo Milan. Parreira reiterou que a base está montada, porém o grupo não está fechado.”Acho que (tem espaço) não só para o Rivaldo, mas para outros que passaram pela seleção e que têm experiência. Ele fez duas Copas maravilhosas, 1998 e 2002, quando junto com Ronaldo fez 13 gols. O Rivaldo tem a seu favor o fator experiência. Se houver necessidade e acharmos que ele é útil pode ser. Não temos nada contra o Rivaldo”, disse o treinador.O treinador também saiu em defesa de Dida e de Cafu, ambos do Milan e que têm decepcionado nas últimas partidas pelo time italiano. “O Cafu é titular e capitão, havendo necessidade podemos mudar, mas a gente não vai jogar experiência pela janela numa Copa do Mundo”, disse o treinador sobre o lateral que tem ficado no banco nas últimas partidas do Milan. “O Dida há três anos é titular do Milan. Ninguém é titular do Milan impunemente. A média de atuação é o que mantém um jogador na seleção. Um jogador não é convocado porque faz três gols ou um goleiro porque fez dez defesas.”O treinador apontou a Alemanha como principal adversária do Brasil na briga pelo hexacampeonato e disse que o ambiente de um Mundial disputado na Europa é diferente do de uma Copa jogada nos demais continentes. Parreira está negociando com a direção da CBF dois amistosos com times ou seleções de pouca expressão já durante o período de treinamento para a Copa do Mundo.”Não quero um time forte, um time de ponta. São dois amistosos para movimentar e dar ritmo de jogo. Pedreira só na Copa do Mundo”, explicou. Entre as seleções que estão sendo cogitadas estão as equipes da Nova Zelândia e Islândia.

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