06/02/2006 16h27 – Atualizado em 06/02/2006 16h27
Sul News
Alunos da Escola Estadual Japorã, pertencentes a um grupo denominado “Reforma Já” ameaçam atear fogo à escola e retirar o restante dos vitrôs que permanecem no prédio. A medida seria uma retaliação pela demora na reforma do colégio – o que estaria sendo pleiteado há, pelo menos, 30 anos. A estrutura física da unidade escolar apresenta rachaduras nas paredes, piso com buracos e salas que não teriam condições de uso.O grupo alega que, desde o ano passado, o governo estadual prometeu mais de R$ 1 milhão para a reforma. Porém, apenas R$ 100 mil teriam sido encaminhados à Associação de Pais e Mestres (que abriu licitação pública para a recuperação das dez salas de aula), provenientes do Fundescola, segundo informou José Antônio Malvezzi, diretor da unidade. Na semana passada, a vencedora do processo licitatório compareceu à escola para assinar a ordem de serviço. Porém, por ordem da coordenação estadual do Fundescola, a licitação deveria ser cancelada.O problema estaria no fato de que a vencedora da licitação apresentou proposta de R$ 79 mil para a obra, sendo que o total do recurso deveria ser aplicado. O problema, segundo o diretor, foi solucionado, e ainda nesta semana deve ser assinada a nova ordem de serviço. Outra licitação deve ser aberta, para investimentos em outros recursos.Entretanto, com o anúncio do cancelamento da licitação, o movimento “Reforma Já” iniciou mobilização. A alegação de representantes dos estudantes é de que, mesmo que a reforma comece neste ano, não haverá ano letivo na escola. Os alunos se negam a entrar em sala enquanto a administração estadual não liberar o montante prometido. Situação semelhante se instaurou em 2005, quando os alunos paralisaram as atividades por uma semana, retornando às salas após o secretário Hélio de Lima ter confirmado que a reforma teria início no fim de novembro – o que não aconteceu.