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sábado, 24 de maio de 2025

Após 2 meses, inquérito da PM não chega a autoria de mortes em motel

30/01/2006 14h19 – Atualizado em 30/01/2006 14h19

Midiamax News

Após sessenta dias de investigação das mortes de Murilo Boarin Alcalde e Eliane Ortiz, cujos corpos foram encontrados no dia 21 de junho do ano passado no quarto 42 do Motel Chega Mais, em Campo Grande, o responsável pelo IPM (Inquérito Policial Militar), tenente-coronel, Gustavo David Gonçalves, não chegou à autoria dos crimes. O inquérito militar foi concluído em dezembro, sendo encaminhado para o chefe de Estado Maio, coronel Jonas Domingos, que está responsável por encaminhar para a Justiça Militar entre amanhã e quarta-feira. Segundo o tenente-coronel, o relatório do inquérito militar sugere que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) continue as investigações das mortes de Murilo Boarin Alcalde e Eliane Ortiz. Ele ressalta ainda que a Justiça Militar é que vai definir o que será feito, se o inquérito volta para a polícia Civil ou Militar. O Gaeco já é responsável por outro inquérito, na esfera criminal, que trata do crime no Motel Chega Mais. A resutado inconcluso, segundo Gonçalves, decorre da falta de informações que foram pedidas, mas não foram anexadas a tempo no inquérito, concluído em dezembro. Ele cita o resultado do confronto das impressões digitais no veículo do Alcalde e no quarto do motel, que chegou somente após a conclusão e será encaminhado para a Justiça Militar. Foi pedido o confronto das digitais de dez pessoas. Destas, sete são de policiais. Em relação ao exame DNA foi solicitado de mais seis pessoas, sendo que três eram policiais e este resultado ainda não foi concluído. Ele também revela que foi pedida a interceptação de escuta telefônica de mais três pessoas, que foi concluída e entregue na semana passada e será encaminhada para a Justiça Militar analisar. Gonçalves disse ainda que o laudo da reconstituição do crime não chegou em suas mãos, ressaltando que o objetivo do laudo tem três finalidades, verificando as informações fornecidas pela camareira Fernanda Alexandra em três pontos: se é verdade que o cabo da PM, Adriano de Araújo Melo, pulou o muro do motel; checar se quando ela afirma pela manhã teria visto os corpos, mas não conseguia distinguir o que realmente era e por fim que o sargento PM Getúlio Morelli dos Santos pediu para lavar a mão machucada e ela não teria visto, confirmando a questão do sangue encontrado no quarto do motel. O tenente-coronel apontou que uma das hipóteses para as mortes de Murilo e Eliane seria uma relação com o tráfico. Uma das linhas de investigação era que um “grupo de pessoas”, entre civis e militares, tentavam resgatar droga que estaria em poder de Eliane Ortiz. “Falta-me provas”, disse.

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