30.3 C
Três Lagoas
sábado, 20 de abril de 2024

A agropecuária em Mato Grosso do Sul

25/11/2002 10h09 – Atualizado em 25/11/2002 10h09

Ou seja, a agricultura hoje é a base da economia estadual e tem potencialidades para continuar criando oportunidades, desde a lavoura até a produção de carnes. Destaque-se a perspectiva horizontal de diversificação e da ampliação da produção, principalmente nas lavouras. Já o cenário da pecuária é da verticalização na bovinocultura. A suinocultura, avicultura e piscicultura são atividades que podem ser ampliadas, em até cinco vezes, com absoluta segurança, conforme previsão da Secretaria da Produção.

A fruticultura é a inovação, podendo ser implantada em área de até 100 mil hectares, abrindo condições à geração de 300 mil novos empregos e a instalação de um parque industrial exportador. No todo, nos últimos três anos a agricultura de Mato Grosso do Sul cresceu fisicamente em 7,9% ao ano, principalmente alavancada pela produtividade. Agora, com uma boa política agrícola, de agroindustrialização e de acesso ao mercado, pode seguramente alcançar taxa de crescimento de 10% ao ano, demonstrando que houve eficácia do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Pela vocação do Estado, pelos valores potenciais, a agricultura continuará sendo a base da economia estadual. Porém o Estado tem de cuidar melhor do ambiente gerencial do setor. Para continuar desenvolvendo é preciso mais inteligência, para crescer e produzir vantagens competitivas aos produtos com uma política setorial integrada na produção, industrialização e comercialização, como ação estratégica emancipatória às cadeias produtivas e ao desenvolvimento econômico do Estado.

A visão estratégica do desenvolvimento, por um critério de racionalidade no aproveitamento das vantagens comparativa e competitiva do Estado, deve priorizar projetos que sejam capazes de agregar valores de menor custo relativo, resposta rápida e maior impacto na geração de renda e emprego. Para isso a primeira estratégia é promover o crescimento econômico, a partir da ampliação da produção primária, como força indutora à agroindustrialização e criar vantagens competitivas aos produtos, para facilitar o acesso aos mercados. Ao lado dessa prioridade, como elemento potencializador, estruturar sistemas produtivos locais, em redes solidárias e integradas regionalmente e de caráter multissetorial. Isto significa aproveitar o capital social e os valores locais, no processo de desenvolvimento do Estado. Esse arranjo gerencial demanda um sistema gestor qualificado, que seja capaz de organizar os atores em responsabilidades compartilhadas e, particularmente, na agricultura, estabelecer competência com capacidade técnica e operativa para formular políticas orgânicas, criar ambientes favoráveis e produtos estratégicos ao desenvolvimento. É fundamental, no ambiente institucional, essa função reguladora e indutora do Estado, no meio rural, pelas características de natureza cultural, sociológica, econômica e do formato técnico e produtivo do setor.

Não é por obra do acaso que os Estados e as regiões brasileiras mais desenvolvidas nasceram forjadas na agricultura e na presença emblemática de uma secretaria afim que pesquisou tecnologias apropriadas, fez extensão rural, assistência técnica e motivou investimento e produção. Esta é a prova de que a parceria funciona quando os parceiros são visíveis e estão próximos, interagindo responsabilidades de forma recíproca e solidária. Mato Grosso do Sul tem uma carteira de projetos estratégicos a desenvolver e, para isso, demanda uma secretaria identificada e com a credibilidade junto aos produtores e aos atores tecnológicos e econômicos envolvidos no agronegócio estadual. Se desenvolvimento é prioridade, a agricultura, sem dúvida, está na pauta, pelo que representa e pelo que pode representar na alavancagem do crescimento econômico, via investimento, inovação, renda agregada e emprego.

Fonte: Correio do Estado

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.