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quinta-feira, 28 de março de 2024

Acadêmicos da UFMS protestam contra sistema de voto e demissões

07/08/2008 10h18 – Atualizado em 07/08/2008 10h18

Acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) bloquearam na manhã desta quinta-feira (7) a entrada de acesso a unidade II do campus de Três Lagoas, no Distrito Industrial. Com faixas e cartazes, eles protestam o sistema de eleições para escolha de reitor e a exoneração de professores da universidade.

 

De acordo com os estudantes, o movimento se estende a outros campi da instituição no Estado. Hoje em Campo Grande, após pressão dos acadêmicos, em reunião do Conselho Universitário foi aprovada a realização de consulta prévia de professores, acadêmicos e técnicos administrativos. O encontro que tinha em pauta outros itens para discussão foi marcado por tumultos. Foram para a reunião representantes de Aquidauna, Três Lagoas e Corumbá. Eles comemoraram a decisão, mas o impedimento ao sistema de voto paritário ainda prevalece, em razão de lei federal.

 

No último processo eleitoral, a escolha para reitor ocorreu por meio de pesos desproporcionais de cada segmento da instituição- peso de 70% dos votos dos professores, e de 15% cada para os outros setores, técnicos administrativos e estudantes. Eles querem a igualdade de 33% no peso dos votos para cada setor, os estudantes defendem a participação de toda comunidade.

 

Com relação à exoneração dos professores, a situação é vista como preocupante, uma vez que compromete vários cursos. A Justiça analisou centenas de contratos da instituição. Pelo menos 67 professores substitutos foram exonerados.

 

Em Três Lagoas, o quadro afeta praticamente todos os cursos de licenciatura. A renovação dos contratos ficou subordinada pelo período eleitoral, e os coordenadores dos cursos teriam recebido o comunicado na última hora.

 

De acordo com o acadêmico do 2º ano de História, Gabriel Ulian, a mobilização em Três Lagoas tem a participação ativa dos universitários. Estavam na manifestação alunos de Pedagogia, Enfermagem e de outros cursos. “Queremos democracia na escolha para o reitor. Além disso, temos as lutas constantes contra o sucateamento dos prédios e da estrutura material como um todo”.  À noite, os estudantes planejam continuar os protestos, seguindo para o campus I.

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