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terça-feira, 23 de abril de 2024

Apesar de grandes investimentos na via, BR-267 é risco para motoristas

17/03/2011 16h30 – Atualizado em 17/03/2011 16h30

As más condições da BR-267 já foram detectadas pelo Tribunal de Contas da União

Usuários que passam pela rodovia entre a cidade de Nova Alvorada do Sul e a divisa com São Paulo, vêm enfrentando sérios riscos de acidentes

Gilmar Lisboa

Os motoristas que usam o trecho da BR-267, entre a cidade de Nova Alvorada do Sul e a divisa com São Paulo, vêm enfrentando sérios riscos de acidentes em uma via que já recebeu R$ 230 milhões para sua recuperação, mas que se apresenta com problemas de toda ordem. Entre eles, rachaduras e deterioração avançada do material usado recentemente para recuperar a rodovia.

São cerca de 250 km que deveriam dar amplas condições de trafegabilidade, por um bom período, para os diferentes tipos de veículos que trafegam pela via, entre eles, caminhões responsáveis pelo escoamento da produção agrícola de MS, mas que se mostram totalmente perigosos para esses fins.

As más condições da BR-267 já foram detectadas pelo Tribunal de Contas da União, segundo o site Midiamax, da Capital. Segundo o site, em
novembro de 2010, quando o relatório “Fiscobras” do TCU, que lista obras com irregularidades graves, foi enviado à Comissão de Orçamento Público e Fiscalização do Congresso Nacional, presidida pelo então deputado Waldemir Moka (PMDB), nele foram incluídas as BRs 267 e 163.

RELATÓRIO ENFÁTICO

O Midiamax lembra que, no caso da BR-267, os auditores foram enfáticos. Conforme o site, o relatório do TCU diz, textualmente, que no “levantamento de auditoria realizado foram apontados os seguintes indícios de irregularidades: projeto básico/executivo superdimensionado; projeto executivo deficiente ou desatualizado; fiscalização deficiente ou omissa; execução de serviços com qualidade deficiente; utilização de equipamentos incompatíveis com as especificações técnicas dos serviços contratados e duplicidade na contratação/licitação de serviços”.

O site recorda que para o Tribunal, os contratos “UT/19-436/2009 e UT/19-462/2009 para restauração da BR-267/MS, nos valores de R$ 45.485.196,36 e R$ 60.729.780,28, com cerca de 29% e 70% de avanço financeiro até junho de 2010, não contam com empresa supervisora para o acompanhamento da execução dos serviços”.

CRÍTICAS A MIRANDA

O Midiamax lembra que a precariedade da BR-267, mesmo depois de o governo federal ter enviado volume substancial de recursos para sua recente recuperação, ocorre em função de o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) em MS, Marcelo Miranda, ter permitido a realização das obras sem fiscalização adequada.

Segundo o TCU, Miranda permitiu “o prosseguimento das obras de restauração da BR-267/MS sem que houvesse fiscalização própria suficiente e equipada, nem tampouco supervisão contratada”.

GIROTO TENTA “FATURAR” COM OBRA

Segundo o Midiamax, embora seja uma rodovia federal, o governo estadual faz questão de destacar a influência que tem na obra da BR-267. O site lembra que o atual deputado federal Edson Giroto (PR), falando em fevereiro de 2009, então como secretário de obras de André Puccinelli (PMDB), chegou a classificar como “coisa gozada” a “parceria” que mantém com o Dnit.

Rodovia BR 267 entre Bataguassu e Presidente Epitácio foi duplicada há pouco tempo, mas existem trechos da via que já necessitam de reparos( Arquivo/Ricardo Ojeda)

Devido problemas em alguns trechos ao longo da rodovia, ocorrências de acidentes são constante (Foto: Arquivo)

BR 267 faz ligação entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo através da ponte professor Mauricio Joppert (Foto: Ricardo Ojeda)

Tráfego na rodovia é intenso, principalmente de caminhões de transporte de carga (Foto: Ricardo Ojeda)

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