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sexta-feira, 19 de abril de 2024

ARTIGO: Alfabetizar diferente, com apoio de recursos tecnológicos

18/04/2013 11h03 – Atualizado em 18/04/2013 11h03

Ana Paula Barros de Paiva

O processo de alfabetização é para a criança um momento de muitas novidades e desafios. É preciso ter cuidado e atenção nesta fase, pois as crianças vêm de experiências em que, até então, aprendiam diversas coisas por meio de brincadeiras e atividades lúdicas.

É nesses momentos que o contato e o vínculo se estabelecem, pelas relações socioemocionais e no dia a dia. Além disso, as crianças nessa fase também trazem experiências familiares que se refletem diretamente na ação delas.

Na chegada à escola, as surpresas no processo de alfabetização se sucedem. Além do receio e daquele medo do diferente, o aluno está cheio de ansiedade e curiosidade. O professor não é o mesmo, talvez a escola seja outra. Então, como podemos receber esses pequenos alunos?

Preparar a primeira aula com brincadeiras divertidas e que tenham conteúdo. Por que não um baralho de imagens com seus respectivos nomes embaixo? Poderá ser um dos instrumentos para a avaliação diagnóstica!

Sabendo dessa ansiedade e curiosidade dos alunos, das mudanças que a educação vem passando a cada dia, além da tecnologia que a cada minuto nos apresenta um recurso novo que interfere diretamente na vida de todos, é imprescindível que o professor se aproprie de novas ferramentas tecnológicas para criar aulas atrativas para que seus alunos tenham total interesse em aprender.

Recordando um pouco, a tecnologia em si não é uma novidade do mundo atual, pois ela sempre existiu. Quem se lembra do velho ferro de passar roupas que utilizava brasa quente? Quando chegou o ferro elétrico, foi uma tremenda mudança para aquela época. Hoje, o que temos é uma tecnologia acelerada, que a cada dia apresenta uma novidade que podemos usar a nosso favor e bem-estar.

O computador, por exemplo, pode ser um grande aliado do professor. Afinal, qual criança não se interessa por uma aula informatizada? O simples fato de a criança ver um computador, um notebook ou tablet, a deixa interessada e empolgada, o que desperta, automaticamente, a vontade de aprender.

É lindo e prazeroso ver o brilho nos olhos das crianças querendo aprender. Professor, você é a peça-chave dentro de uma sala de aula. Tome isso para si e seus alunos serão os verdadeiros protagonistas, assumindo o papel de desenvolver-se com autonomia. Aos professores interessados em desenvolver novas aptidões para o seu trabalho em sala, vão algumas dicas de possibilidades de trabalhar com a tecnologia na turma de alfabetização:

NO COMPUTADOR

Crie atividades e dê oportunidades para que os alunos utilizem o processador de texto, multimídia, visualização e criação de imagens, além da reprodução de vídeos. O próprio professor pode criar atividades integradas ao utilizar recursos tecnológicos na sala de aula ou, inicialmente, pode trabalhar a partir de temas como “a brincadeira de que mais gosta”; “a comida ou música preferida”, entre outros.

Falando do processo de alfabetização, não é pertinente aqui querer que a criança escreva um texto. Afinal, cada criança precisa enfrentar desafios que possam ser superados naquela faixa etária, de modo que não fique desmotivada dentro da escola.

Entretanto, ela pode tentar escrever seu nome ou identificar e digitar a primeira letra dele, assim como selecionar e colar uma imagem de um Banco de Imagens que o professor tenha preparado antes da aula – imagens que estejam relacionadas ao tema abordado daquele dia. Além disso, é possível também utilizar softwares free, previamente selecionados para alfabetização e faixa etária da turma.

NO TABLET

É um instrumento muito atrativo que pode auxiliar o professor. Existe uma diversidade de aplicativos, que podem auxiliar na alfabetização, dado que é possível escrever e desenhar qualquer coisa desejada a partir de movimentos simples dos dedos. Veja os eixos de alguns aplicativos: alfabeto, letras, palavras, memória, quebra-cabeça, músicas, concentração, entre outros. Aqui, cabe ao professor ter sensibilidade e pesquisar os aplicativos que mais combinam com a turma, pois não existe uma receita pronta para o desenvolvimento, ou seja, é o professor que precisa utilizar estratégias, pesquisar e encontrar a melhor maneira de atingir os seus alunos, de forma que eles sintam prazer em aprender.

Mesmo que você, professor, não tenha a habilidade de trabalhar com muitos recursos da informática, comece pelo pouco que você sabe, solicite ajuda, estude e, gradativamente, perceberá que muita coisa é construída aos poucos.

Lembre-se sempre: dentro da sala de aula, você é o espelho para cada criança. Por isso, pesquise, crie e reinvente se for necessário, mas proporcione os melhores momentos para que cada criança se desenvolva com autonomia, não perdendo essa oportunidade grandiosa de aprender dentro da escola. Assim, você fará parte desse grande grupo de pessoas, que acreditam e amam muito a educação!

Ana Paula Barros de Paiva é Orientadora Educacional na área de Informática Educacional na empresa Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br); Graduada em Pedagogia com ênfase em projetos educativos, com larga experiência no ensino e desenvolvimento da Educação Infantil em escolas públicas e privadas

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