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quinta-feira, 25 de abril de 2024

BATAGUASSU:Segurança denuncia cobrança ilegal na Santa Casa

15/09/2002 19h04 – Atualizado em 15/09/2002 19h04

O funcionário da empresa Sebival, que trabalha como segurança no posto de atendimento do INSS em Bataguassu, Oracílio Lima de Oliveira, 32, procurou a reportagem do Diário MS para denunciar o esquema que envolve integrantes da diretoria de Santa Casa de Misericórdia de Bataguassu. Segundo Oracílio, às 8:30 horas do dia 30 do mês passado, ele esteve na Santa Casa, com o médico José Sebastião Junior para marcar a data de uma cirurgia cesariana para a sua esposa Renilde Ramos Santos, pois a mesma tinha um problema e não poderia ter um parto normal. O médico ouviu atentamente a situação e mandou que ele retornasse no próximo dia 5 de setembro, mas que viesse com cheques pré-datado, totalizando um valor de R$ 710 reais. O total seria dividido da seguinte forma: dr Júnior, R$ 250 reais, dr Sávio, R$ 100 reais, dr Aparecido R$ 50 reais e dr. Rubens R$ 50 reais, enquanto a Santa Casa ficaria com R$ 250 reais. A conta, segundo Oracílio, foi rascunhada num papel, pelo diretor Administrativo da entidade, vereador Carlos Roberto Pereira de Almeida, que depois foi entregou a ele, para providenciar o cheque. Oracílio alegou que a cirurgia seria feita pelo SUS, e que ele não tinha condições de arcar com a despesa, visto que ele tem um salário de R$ 380 reais, e mesmo assim haveria outras despesas depois do nascimento do bebê.

Mesmo assim, o médico não se sensibilizou com a situação e disse, que então ele poderia internar a esposa, mas que mandaria uma ambulância levá-la até Três Lagoas, onde poderia fazer o parto através do SUS, sem nenhuma despesa.

Achando que não tinha outra solução, Oracílio foi então a Campo Grande, onde procurou a Santa Casa que o atendeu pelo SUS, tendo inclusive o médico e deputado Doutor Loester dando total atenção ao casal que teve um lindo bebê, que foi batizado com o nome de Oracílio de Oliveira Neto.

RESPONSABILIDADES

A reportagem do Diário MS procurou o diretor Administrativo da Santa Casa para ouvir sua parte, que por sua vez limitou-se a dizer que foi ele (Oracílio) que pediu para fazer a cesariana de forma particular. Dessa forma, foram feitos os cálculos cabendo a cada profissional a importância devida pelos serviços. Essa opinião diverge totalmente a de Oracílio, que afirmou: “ganhando R$ 380 reais como conseguiria parar em particular a cirurgia”. O caso deve ser investigado com absoluta imparcialidade, visto que envolve nomes de pessoas da sociedade local, mesmo assim, as autoridades devem iniciar um processo para apurar as devidas responsabilidades que cabe o caso, inclusive, a reportagem do Diário MS tem em mãos o papel com o orçamento da cirurgia que seria feita através do SUS.

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