01/09/2014 17h21 – Atualizado em 01/09/2014 17h21
Brasil reduziu a pobreza em suas várias dimensões, revela estudo do Banco Mundial
Queda na pobreza crônica foi de 76% entre 2004 e 2012, chegando ao patamar de apenas 1,6% da população que ainda se encontrava nesta situação
Da Redação
Estudo apresentado pelo Banco Mundial aponta que a pobreza crônica no Brasil, que considera privações além da renda, caiu de 6,7% para 1,6% da população em oito anos, entre 2004 e 2012. A redução é de 76% neste período.
O trabalho foi apresentado por técnicos do Banco Mundial em encontro no Rio de Janeiro promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo World Without Poverty (WWP), projeto conjunto do Banco Mundial, do MDS e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
“Os resultados na redução da pobreza multidimensional refletem os efeitos de políticas implementadas nos últimos anos, como o Luz para Todos, e a melhoria no acesso à educação”, destacou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do evento. Ela lembrou que mais de 3,1 milhões de residências tiveram acesso à luz elétrica desde o início do programa Luz para Todos em 2004.
O trabalho, focado na pobreza multidimensional, considerou, além da renda, sete dimensões da pobreza: se as crianças e adolescentes até 17 anos estão na escola, os anos de escolaridade dos adultos, o acesso à água potável e saneamento, eletricidade, condições de moradia e, finalmente, a bens, como telefone, fogão e geladeira.
A pobreza é considerada crônica quando são registradas privações em pelo menos quatro das sete dimensões. O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O que nos estimula”, disse Tereza Campello, “é que os dados do Banco Mundial mostraram que nossa ação foi eficaz, pois conseguiu atingir a pobreza crônica”. A ministra lembrou que o Plano Brasil Sem Miséria foi desenvolvido para enfrentar a pobreza em suas diferentes dimensões, garantindo renda, mas também cuidando de melhorar as oportunidades para inserção econômica dessas famílias, assim como o seu acesso a serviços.
Ela destacou ainda que o trabalho apresentado pelo Banco Mundial considerou dados até 2012 e que os resulta dos são ainda mais surpreendentes se atualizá-los até 2013, que incluem efeitos de programas como Água para Todos, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos.
(*) Com informações de Assecom Ministério do Desenvolvimento Social