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terça-feira, 23 de abril de 2024

Bush quer apoio da Ásia a sanções à Coréia do Norte

18/11/2006 12h52 – Atualizado em 18/11/2006 12h52

BBC Brasil

Bush se reuniu neste sábado com os líderes da Coréia do Sul e do Japão, e no domingo, deverá se avistar com os representantes da China e da Rússia, que relutam em adotar uma linha dura contra os norte-coreanos.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu à Coréia do Norte que siga o exemplo do Vietnã, deixando a guerra para trás.

“Se os líderes da Birmânia e Coréia do Norte seguirem o exemplo do Vietnã, se eles fizerem essa escolha estratégica e darem os passos necessários para se unir à comunidade internacional, isso abrirá um novo caminho para paz e oportunidades”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos quer chegar a um consenso sobre como lidar com a Coréia do Norte, para poder apresentar uma frente unida na próxima rodada de conversações multilaterais sobre o programa de armas nucleares da Coréia do Norte, prevista para o mês que vem.

O diálogo, que envolve seis nações (Coréia do Sul, Coréia do Norte, China, Estados Unidos, Japão e Rússia), iniciado em 2003, foi interrompido depois que as autoridades norte-coreanas se retiraram em protesto por sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos.

Em um café da manhã de trabalho, Bush pediu ao presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, que implemente sanções e também apóie a Iniciativa de Proliferação de Segurança (PSI, na sigla em inglês), liderada pelos Estados Unidos.

A PSI é um programa voluntário que tem o objetivo de impedir o tráfico de material para a fabricação de armas de destruição em massa.

Roh disse que apóia os princípios da PSI, mas não deixou claro se adotará a iniciativa como um todo.

O líder sul-coreano afirmou ainda que seu país ainda não está disposto a realizar inspeções intrusivas em navios norte-coreanos, como pedem as sanções.

Comércio

Os líderes presentes ao encontro em Hanói também se comprometeram a retomar as conversações sobre o comércio global.

Em declaração conjunta, os chefes de Estado e de governo dos mais de 20 países da Apec disseram que estão dispostos a avançar em suas atuais posições, rompendo um impasse.

Eles se disseram comprometidos com redução em subsídios agrícolas – a principal questão que emperrou a chamada rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) em julho.

O correspondente da BBC em Hanói, Bill Hayton, disse que a iniciativa é um esforço real para conseguir a retomada das negociações, e o compromisso assumido por Washington pode encorajar a União Européia – outro importante parceiro na rodada – a fazer o mesmo.

Condoleezza Rice apelou, em seu discurso, pela remoção de barreiras comerciais na região, elogiando o Vietnã por buscar laços mais estreitos com os Estados Unidos.

Esta semana marca a primeira visita do presidente americano, George W. Bush, ao Vietnã – país onde os Estados Unidos sofreram uma marcante derrota militar num guerra encerrada há 31 anos.

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