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Cientistas asiáticos criam cerveja probiótica com lactobacilos vivos

01/07/2017 10h02

Receita elaborada na Universidade de Cingapura ‘ajudaria na imunidade e melhoria saúde intestinal’.

Redação

Cientistas asiáticos criaram uma cerveja funcional probiótica que, segundo uma nova pesquisa, poderia impulsionar a imunidade e melhorar a saúde intestinal.
Os pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura incorporaram à bebida o probiótico do tipo Lactobacillus paracasei L26, que ajuda a neutralizar toxinas e vírus, bem como regular o sistema imunológico.

Os probióticos são conhecidos como “bactérias boas”. São micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, são capazes de regular a resposta do sistema imunológico, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, por sua sigla em inglês).
“Os benefícios dos probióticos são conhecidos. Mas enquanto essas bactérias são comumente encontradas nas comidas que passaram por processo de fermentação, não há até o momento cervejas no mercado com esses micro-organismos”, afirma Chan Meu Zhi Alcine, responsável pelo estudo.
Segundo ela, a principal dificuldade em se desenvolver o produto é a própria característica da cerveja.
“Desenvolver uma quantidade suficiente de probióticos vivos na cerveja é um desafio porque a bebida possui ácidos de lúpulo que impedem o crescimento e a sobrevivência dos probióticos”, explica.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores propagaram o probiótico e a levedura em culturas puras e modificaram os processos convencionais de fabricação e fermentação. Com isso, afirmam ter conseguido aumentar e manter os lactobacilos vivos no processo.

A bactéria do ácido lático foi usada como o micro-organismo probiótico, e os açúcares presentes no mosto (que é o resultado do cozimento do malte) foram utilizados para produzir um ácido lático com sabor azedo.
“O resultado foi uma cerveja com sabor marcante e ácido. O produto final, que leva cerca de um mês para ser preparado, tem um teor alcoólico de cerca de 3,5%”.
Segundo a universidade, a receita levou nove meses para ser aprimorada e garantir a quantidade ideal de probióticos.

A Universidade de Cingapura já registrou uma patente para proteger a receita da cerveja. Agora, os pesquisadores querem buscar parceiros na indústria cervejeira que se interessem em lançar o produto comercialmente.

(*) G1.COM

O professor Liu Shao Quan supervisionou o estudo da pesquisadora Chan Meu Zhi Alcine (Foto: National University of Singapore)

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