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terça-feira, 16 de abril de 2024

Começa mutirão para eliminar focos do mosquito da dengue e da leishmaniose

07/03/2012 10h46 – Atualizado em 07/03/2012 10h46

Projeto “Saúde na Comunidade” é lançado em Três Lagoas.

Mutirão envolve agentes comunitários e de endemias, poderpúblico e sociedade civil organizada. Cidade já teve 300 casos de dengue confirmados

Rafael Furlan

A prefeitura de Três Lagoas, em mutirão de agentes comunitários e de endemias, com apoio da sociedade civil organizada, está empenhada na realização da campanha de combate aos focos onde proliferam mosquitos que transmitem a leishmaniose e a dengue. A Prefeitura está envolvendo no mutirão toda estrutura da Saúde, Assistência Social, Obras e Meio Ambiente.

O projeto, denominado “Saúde na Comunidade’ foi lançado nesta quarta-feira pela prefeita Márcia Moura (PMDB), que destacou a participação individual como fundamental (cada um fazendo a sua parte) e a ação coletiva, com o envolvimento de toda a sociedade civil.

Segundo a prefeitura, são ações individuais e coletivas que podem atingir resultados importantes, pois se antecipam a eventos que acabam comprometendo os serviços de saúde pública, ou seja, prevenir é o melhor remédio.

Para a secretária de Saúde, Eliane Brilhante, a responsabilidade “isso é responsabilidade do município e também da comunidade. O trabalho não é individual e sim em conjunto”.

Números

Os postos de atendimento básico do município estão diariamente cheiros de pessoas com os sintomas da dengue. Brilhante reforçou em seu discurso que a cidade contabiliza hoje, 1.038 casos notificados, dos quais, 300 foram positivos e 111 negativos.

O bairro Nossa Senhora Aparecida é uma das regiões da cidade que causa mais preocupação às autoridades sanitárias. O bairro (antiga vila dos ferroviários), por ter uma arborização mais densa, é mais propício à infestação de mosquito. A proliferação é maior porque as larvas ficam alojadas nas cavidades das árvores. Nesse aspeco, as equipes da vigilância epidemiológica orientam moradores para tapar as cavidades com areia grossa. Assista aqui ao vídeo que mostra esse trabalho desenvolvido pela vigilância epidemiológica.

Margarida de Castro é moradora do bairro e está muito feliz com o trabalho que está sendo desenvolvido pela equipe de vigilância da cidade. “Tive dengue e hoje vejo que com a orientação que recebi, acabei cuidando mais do meu quintal e as pessoas que moram perto também”, reforçou.

A prefeitura Márcia Moura lembrou, em discurso durante o lançamento do mutirão, que a população é o elo com o município. “Estamos muito felizes em realizar esse projeto”. Segundo ela, tanto a dengue quanto a leishmaniose são doenças que não se constituem em problema só da cidade ou do Estado, mas nacional. “Se cada um fizer a sua parte, vamos conseguir diminuir muito esses índices na nossa cidade”, finaliza.

Estado

Dados divulgados pelo ministério da saúde mostram que desde 1990 até 2011, houve um crescimento de 530% nos casos de dengue. De 1606 casos na década de 90, 2011 finalizou com 8.510. De todos os Estados do Brasil, os índices foram de 764. 032 casos.

Já para Leishmaniose, os números divulgados são apenas do ano de 2010. O Estado de Mato Grosso do Sul contabilizou 212 casos, sendo o Estado da região Centro-Oeste que mais teve pessoas confirmadas com a doença.

Agentes realizam diariamente um trabalho de orientação. (Foto: Divulgação)

Cavidades das árvores são grandes focos do mosquito da dengue. (Foto: Divulgação)

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