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quinta-feira, 28 de março de 2024

Corpo de trabalhador fica quatro horas no asfalto a espera de perito

01/09/2014 15h26 – Atualizado em 01/09/2014 15h26

Em acidente, Lírio morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Na via e sentido em que Lírio estava, não está na esquina a placa de Pare

Da Redação

O ACIDENTE

Às 13h20 deste domingo, 31 de agosto, ocorreu um grave acidente entre uma moto e uma caminhonete Fiat Strada, na Rua Guarapuava, esquina com a Rua Pato Branco, no Bairro Sibipiruna, em Chapadão do Sul.

Houve uma colisão da moto Honda Bros 150cc, pilotada por Lírio Osvaldo Simão, 44 anos, com o Fiat. No acidente, Lírio morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Na via e sentido em que Lírio estava, não está na esquina a placa de Pare. Segundo moradores das imediações, há mais de seis meses a placa caiu e foi retirada do local.

A DEMORA

Diante das circunstâncias, ou seja, morte violenta, a legislação determina que somente os peritos da Polícia Civil têm competência para liberar o corpo. Ocorre que uma equipe da Polícia Técnica mais próxima, ou que é da jurisdição, fica em Paranaíba, distante 200 Km de Chapadão do Sul.

Os peritos, após terem o carro quebrado no caminho, chegaram às 17h23, ou seja, quatro horas e três minutos após o acidente.

Uma multidão passou a tarde no local e estava inconformada com a situação humilhante daquele ser humano e de sua família. Todos, incluindo a Polícia Civil e Militar, de Chapadão do Sul estavam visivelmente constrangidos diante da reação das pessoas, da família do falecido e impotentes para atenderem ao clamor.

Ainda, se não bastasse essa incapacidade do Estado em prestar um serviço de qualidade aos cidadãos, na remoção do corpo, ele ainda tem que ser levado ao médico legista, o que deve demorar mais seis ou sete horas. O legista mais próximo de Chapadão do Sul fica em Cassilândia, distante 100 Km. Ocorre que no momento, aquele servidor está de licença. Sendo assim, foi o corpo levado para mais 100 Km adiante, em Paranaíba, para ser atendido.

A INDIGNAÇÃO

O agente funerário que estava no local para atender à ocorrência disse que em todos os casos de morte violenta, em Chapadão do Sul, a angústia dos familiares, o constrangimento e a revolta são os mesmos.

A Polícia Técnica de Paranaíba realiza de 200 a 300 perícias por mês e é responsável por todo o Bolsão, ou seja, a linha de Figueirão a Selvíria.

Os peritos que estiveram em Chapadão do Sul para atender a mais este caso, alegaram que não estão autorizados a dar nenhum esclarecimento ou informação, apenas se limitaram em externar que entendem a indignação da população.

(*)Com informação de Jovem Sul News

Momento da chegada dos peritos, 17h23 (Foto: Jovem Sul News)

Quando foi autorizada a retirada do corpo já era noite, 18h00 (Foto: Jovem Sul News)

No local falta a placa PARE (Foto: Jovem Sul News)

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