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sábado, 20 de abril de 2024

Cresce a reciclagem de lixo em Fátima do Sul

07/02/2006 14h12 – Atualizado em 07/02/2006 14h12

Fátima News

O lixo sempre foi uma das alternativas encontradas por muitas famílias a beira da miséria para enfrentar a fome. Não só no Brasil, como em diversos países subdesenvolvidos, os prisioneiros desta cruel realidade, se vêem obrigados a tirar do lixão seu sustento, visto que, devido à precariedade do sistema educacional, parte da população acaba impossibilitada de disputar uma vaga de emprego no mercado de trabalho, ficando a mercê de políticas sociais ineficientes, buscando no lixo a dignidade perdida. O aumento da produção industrial vinculado ao crescimento da sociedade consumista elevou significativamente o volume da produção de lixo, gerando um desequilíbrio ambiental perigosíssimo.Na tentativa de amenizar os danos ao meio ambiente, foi criada no ano de 2002 em Fátima do Sul, uma indústria de reciclagem, que recebe por dia cerca de 3 toneladas de lixo, oriundos das cidades de Vicentina, Jateí, Fátima do Sul e Culturama.A indústria emprega quatro funcionários, que dependiam do lixão para sobreviver, além de gerar aproximadamente vinte empregos indiretos através dos carroceiros, que fazem coleta pela cidade. Durante campanha de conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente, moradores de toda a cidade foram orientados a separar o lixo reciclável do não-reciclável, facilitando assim o trabalho dos antigos “catadores de lixo”. Segundo o proprietário da indústria, Cleison José Cavalcante, o volume de lixo orgânico que vem misturado ao lixo reciclável é insignificante, “felizmente a população se conscientizou da importância de preservar o meio ambiente e aderiu a campanha de coleta-seletiva” enfatizou Cleison. Mensalmente, são coletadas, separadas, prensadas e vendidas cerca de 68 toneladas de material reciclável, valor que corresponde a 15% de todo lixo produzido em Fátima do Sul, cada quilo é vendido por aproximadamente R$ 0,26. “Antes o lixo era queimado em qualquer lugar, só trazia doença e sujeira, agora o lixo trás dinheiro” afirmou a carroceira D. Esmeralda da Silva, 72 anos.

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