04/02/2012 10h21 – Atualizado em 04/02/2012 10h21
Pacientes buscam enfrentar o câncer com naturalidade e não se entregam a doença
Em Três Lagoas pacientes buscam apoio na Rede Feminina de Combate ao Câncer
Rafael Furlan
O Câncer é uma doença que chama a atenção de todas as nações, devido o seu poder destruidor do organismo. No ano de 2005 foi instituído pela União Internacional para Controle do Câncer, uma data para alertar a população sobre o crescimento da doença. Estudos são feitos diariamente para tentar encontrar a cura da doença de uma maneira menos invasiva.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, “mais de 12,7 milhões de pessoas são diagnosticadas todo ano com câncer e 7,6 milhões de pessoas morrem vítimas da doença. A expectativa é que, em 2030, sejam 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo”.
HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
Francisca Ântonia Correia é professora aposentada. No ano de 2008 ela teve um câncer no estômago e no ano de 2010, um de mama. Todo o tratamento foi feito na cidade de Barretos, interior de São Paulo, mas ela retirou o estômago e uma das mamas.
“Graças a Deus eu sou muito calma. Percebi que o médico ficou mais nervoso do que eu quando foi me dar o diagnóstico. Eu sempre disse que aceito tudo com muita calma, pois a calma ajuda no processo de cura”.
Confiante, ela realizou o tratamento e hoje, o intestino delgado faz o trabalho do estômago e ela vive uma vida normal.
CONSEQUÊNCIAS
Pacientes que tiveram ou tem a doença passam a ter uma vida um pouco limitada. “Da primeira vez que iniciei a quimioterapia, não caiu o meu cabelo, já na segunda, caiu. Eu nunca me preocupei com isso, aceito tudo com muita naturalidade”, conclui.
Com toda a força para enfrentar essa dificuldade, ela deixa uma mensagem. “Por mais difícil que seja o tratamento, doloroso, exige muito da pessoa, as viagens são cansativas, temos que lutar. Precisamos encarar a vida e não se entregar”, finaliza emocionada.
APOIO
Em Três Lagoas, um trabalho é realizado na Rede Feminina de Combate ao Câncer e que tem ajudado muitas famílias que precisam passar mais de 5 horas viajando para a cidade de Barretos, interior de São Paulo. Para Ivanir B. dos Santos, presidente da rede, “trabalhamos em prol do paciente com câncer e a família. Aqui visamos também à boa condição física e psicológica”.
Em um ambiente com várias salas para repouso, cozinha, quarto, a Rede Feminina de Combate ao Câncer também conta com a ajuda de um grupo de voluntariado que fazem artesanatos, tudo em prol da causa.
“Aqui o paciente tem apoio desde quando vai para Barretos ou Campo Grande realizar o tratamento, até o momento que ele chega. O câncer fragiliza muito a pessoa, mas eu fui achar força para continuar esse trabalho em Barretos”, finaliza Ivanir.