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sábado, 20 de abril de 2024

Dilma alivia, mas desaceleração da economia faz país ficar à beira da recessão

30/08/2014 10h16 – Atualizado em 30/08/2014 10h16

A indústria foi o setor que mais teve queda, com desaceleração de 1,5%; a Construção Civil teve queda de -29% e apenas a Extrativa Mineral registrou expansão de 3,2%

Léo Lima com informações de sites

A divulgação do resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, foi abafada pela presidenta Dilma Rousseff, com a versão de que a queda é momentânea e que o país vai voltar a crescer no segundo semestre. Para ela, as condições internacionais e os feriados durante a Copa do Mundo contribuíram para o resultado. Na avaliação de Dilma, no segundo semestre, haverá uma “grande recuperação”.

Mas, não é isso que se percebe em todo o país. Mato Grosso do Sul, por exemplo, também já está sentido os efeitos da recessão iminente. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o PIB (Produto Interno Bruto) do país caiu 0,6% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses deste ano, fazendo com que representantes dos setores econômicos se acautelem nos investimentos.

EFEITO COPA DO MUNDO

“Um dos motivos que explica é o número de feriados que tivemos. Por conta da Copa, tivemos a maior quantidade de feriados em toda a história do Brasil dos últimos anos”, disse Dilma, após visitar ontem (29) laboratórios do Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Salvador. Segundo a candidata, os únicos países que se saíram bem no segundo trimestre foram a China, os Estados Unidos e o Reino Unido.

De acordo com os indicadores do IBGE, no segundo trimestre de 2014, a indústria foi o setor que mais teve queda, com desaceleração de 1,5%. Dentre os subsetores, apenas a Extrativa Mineral registrou expansão de 3,2%.

A Indústria de Transformação teve queda de -2,4%, a Construção civil de -2,9% e Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana de -1,0%, relação ao trimestre anterior. O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, atribui a queda do PIB a três fatores: desaquecimento da Construção Civil, período pós Copa do Mundo e a expectativa política.

“É uma soma e não um fator, temos a Construção Civil que está em queda no Estado, o período pósCopa em que diversos setores tiveram reflexos negativos, e mais do que nunca uma expectativa política que vem afugentando ou adiando investimentos”, disse o presidente, lembrando que atualmente o Estado tem R$ 200 milhões de recursos disponíveis do FCO (Financiamento do Centro-Oeste), mas não tempos projetos.

NÍVEL POSITIVO

Enquanto os outros setores apresentaram queda no PIB no segundo trimestre, a Agropecuária teve variação positiva de 0,2%. “É a agropecuária que está sustentando o PIB do país em nível positivo”, afirma a assessora técnica da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária), Adriana Mascarenhas.

Para ela, a desaceleração da economia afeta todos os setores, mas a agropecuária tem sustentado números positivos. “Eu acredito que diante do cenário de hoje, a gente dificilmente tera um resultado positivo do país, mas há muitas chances da agropecuária terminar 2014 com bons números”. (Com Campo Grande News e Agência Brasil)

Segundo o IBGE, a construção civil apresentou queda de -29% (Foto: Arquivo/Perfil News)

O campo respondeu positivamente:  a Agropecuária teve variação de 0,2% (Foto: Google)

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