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quinta-feira, 28 de março de 2024

Dois sintomas comuns no verão: vômitos e diarreia. E agora? O que fazer?

17/09/2017 20h05

Algumas bactérias se proliferam mais facilmente no calor. Por isso temos que ter muito cuidado com a conservação de alguns alimentos

Redação

Mas esse aumento da temperatura no verão não modifica apenas o comportamento das pessoas. Também promove efeitos em outros seres vivos. Nas bactérias, por exemplo. Isso mesmo. Algumas bactérias se proliferam mais facilmente no calor. Por isso temos que ter muito cuidado com a conservação de alguns alimentos como, por exemplo, carnes, peixes, frangos, ovos ou frutos do mar, uma vez que podem mais rapidamente se deteriorar, especialmente se não são mantidos em temperaturas adequadas. As bactérias presentes se proliferam e o alimento “estraga” mais facilmente. Alguns vírus também encontram facilidade para disseminar em temperaturas mais elevadas.

Resultado: a chance de nos contaminarmos com vírus ou bactérias é bem maior. A consequência é imediata: vômitos e diarreia. Vamos entender: quando comemos um alimento “estragado” ou entramos em contato com algo que está contaminado ou respiramos partículas virais provenientes de pessoas infectadas, estes agentes infecciosos entram em nosso organismo e conseguem vencer a barreira de defesa do estômago chegando no intestino, onde encontram um ambiente propício para se disseminar. Neste momento é que liberam toxinas ou vários produtos patogênicos que causam importante lesão no epitélio intestinal.

Imagine que alguns deles conseguem até “invadir” a mucosa, destruindo as células. Quando isso acontece pode aparecer sangue vivo nas fezes, atestando a lesão. Se pudéssemos enxergar o intestino por dentro observaríamos uma extensa área “machucada” e destruída. Um verdadeiro campo de batalha. O organismo entende que está sendo agredido e tenta “expulsar” os agressores. O estômago põe para fora tudo o que entra. A mucosa intestinal lesada aumenta a excreção de água. Os movimentos do intestino aumentam. As toxinas liberadas podem também dar febre. O mau estar é generalizado. Começa uma evidente e desagradável diarreia, com perda de água e sais minerais importantes para o organismo, principalmente sódio, potássio e cloro. Além disso, a mucosa lesada não consegue absorver nutrientes essenciais para o bem estar. Quando a perda é muito grande, pode ocorrer a desidratação. Principalmente em crianças. Por isso é muito importante saber exatamente o que devemos fazer para melhorar.

CUIDADOS

O mais importante para tratar a diarreia é conseguir se hidratar. Perdemos muita água e sais minerais. Por isso devemos tomar muitos líquidos para repor estas perdas. O soro para reidratação oral é de longe o melhor. Contém água, glicose e os sais minerais de que precisamos. Tudo na concentração certinha. O ideal é tomar de pouquinho em pouquinho. De golinho em golinho, com muita calma e sem pressa. Se os vômitos forem muito intensos, há algumas medicações que podem ser administradas, sempre com a devida orientação médica. Como a mucosa intestinal está “machucada”, devemos optar por uma alimentação mais leve e de fácil digestão. Arroz ou macarrão com frango, sem gordura, por exemplo, é uma boa pedida. Leite pode e deve ser oferecido para as crianças que quiserem, sem forçar. O leite materno, como sempre, é excelente.

Procure atendimento médico se a frequência da diarreia e os vômitos forem de tal intensidade que impeçam a ingestão de quaisquer tipos de líquidos ou se ocorrer febre muito alta e prostração. Os sinais de alerta que podem indicar desidratação são os seguintes: boca seca e sem saliva, pele sem brilho, sem elasticidade e mais “murcha”, olhos fundos e encovados. As crianças choram sem lágrimas e a moleira pode ficar bem funda. Estes sintomas indicam urgência.

Estes processos infecciosos intestinais em geral são autolimitados. Isso significa que curam sozinhos, em média em 7 dias. É o tempo que a mucosa machucada leva para se recuperar. Por isso é que neste período deve-se ter muita calma e paciência. Para comer e beber.

Devemos ter muito cuidado com nossa alimentação e lembrar de lavar as mãos com muita frequência. Sempre. Mas especialmente no verão!

(*) G1.Com

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