26/09/2002 12h11 – Atualizado em 26/09/2002 12h11
O dólar comercial abandonou o ajuste técnico e se manteve em disparada nesta quinta-feira de poucas notícias e negócios escassos. A moeda americana fechou a manhã cotada a R$ 3,764 na compra e R$ 3,774 na venda, com alta de 3,03%. Na máxima do dia, a cotação de venda chegou a R$ 3,789 (+3,44%). Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou a tendência das bolsas americanas e encerrou a primeira etapa do pregão viva-voz em alta de 0,69%, com R$ 201,2 milhões em negócios.
A pressão é atribuída à expectativa com os ajustes de final de mês no mercado futuro e o vencimento de dívida pública de US$ 1,251 bilhão que vencem no dia 1º. O temor é de que o Banco Central volte a desistir de promover a rolagem da dívida, o que levará o mercado novamente a pressionar as cotações do dólar, em busca de melhor remuneração para os recursos. Além disso, a não-renovação da dívida faz sobrar reais na economia, que poderão ser destinados ao dólar à vista ou futuro.
Por conta da proximidade do vencimento, as atenções no mercado de câmbio estiveram voltadas ao Banco Central, que pode anunciar a qualquer momento a realização de leilão de contratos de swap cambial. Na semana passada o BC se comprometeu a renovar até o máximo de 70% dessa dívida, o que não exclui a possibilidade de desistência, se os investidores exigirem altas taxas na operação.
- Quero crer que o BC cumprirá o que planejou e pelo menos tente fazer a rolagem. Mas é bem possível que ele volte a recusar as propostas, se elas não se reduzirem em relação aos últimos leilões – disse Francisco Gimenez Neto, diretor da corretora NGO.
Fonte: Globo News
