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Três Lagoas
sexta-feira, 19 de abril de 2024

Dormindo no chão e comendo arroz com mortadela, trabalhadores com salário atrasado param as obras do Hospital

Mais de 40 homens que prestam serviços à empreiteira contratada nas obras do Hospital Regional denunciaram situação precária em alojamento; eles esperam receber ainda hoje para poderem voltar para casa, na Bahia

Com salários atrasados e alimentação precária, trabalhadores da empresa Prumo de Ouro cruzaram os braços e fizeram um piquete na manhã desta sexta-feira, 5, impedindo acesso de caminhões e outros funcionários ao canteiro de obras do Hospital Regional, em Três Lagoas.

De acordo com denúncia recebida pelo Perfil News, o alojamento destinado aos 47 trabalhadores da empresa Prumo de Ouro, terceirizada da Sial Engenharia, responsável pela construção do Hospital Regional de Três Lagoas, não dá condições de habitação.

Os operários foram trazidos da Bahia há 45 dias e deveriam retornar hoje, mas afirmam que não voltarão para casa sem receber o salário.

Apesar de não ser do sindicato da categoria, o presidente do Sintiespav, Nivaldo da Silva Moreira, foi chamado no local para verificar a denúncia.

“É um horror”, disse. “Tem gente dormindo no chão, não tem geladeira para guardar a comida, não tem equipamento de proteção”, afirmou Nivaldo. Além disso, não há sabão para lavar os uniformes, sabonetes e outros itens de higiene. Mesmo a máscara para evitar contágio do novo coronavírus foi entregue apenas quando os trabalhadores chegaram, 45 dias atrás.

A empreiteira também não estaria oferecendo atendimento médico aos operários. Um deles afirmou à reportagem que um companheiro teria deslocado o ombro no trabalho e os próprios amigos o levaram ao Hospital, já que a empresa não ofereceu suporte.

A alimentação também seria precária e insuficiente. Os operários enviaram fotos e vídeos relatando que a comida seria arroz com mortadela, salsicha ou pedaços de frango, sem nenhum tipo de legume ou verdura.

Pagamento

De acordo com Nivaldo, o Sintiespav entrou em contato com representantes da Prumo de Ouro, que garantiram que os funcionários receberão hoje. Os funcionários disseram que só liberarão a entrada da obra quando receberem o que lhes é devido.

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