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Em homenagem à divisão, grupo discute obra de escritora e psicanalista de MS

17/09/2018 10h13

Grupo literário se reúne para ler e discutir autoras

Redação

Todo primeiro sábado do mês, uma roda se forma em volta de um livro assinado por uma mulher. Em Campo Grande, desde julho o grupo Leia Mulheres elenca leituras e discussões para valorização das escritoras diante de um mercado editorial tão restrito. Em outubro, mês de divisão do Estado, a autora escolhida tem um pé em Mato Grosso e o outro em MS, a psicanalista Isloany Machado.

Campo Grande foi uma das últimas capitais do País a formar o grupo. Leia Mulheres chegou ao Brasil em 2015, um ano depois de nascer com a hashtag ReadWomen2014 pelas mãos da escritora britânica Joanna Walsh, justamente pela necessidade de valorizar o trabalho feminino.

Com a jornalista Evelise Couto, a professora Mayara Barbosa entrou em contato com o projeto nacional e teve o aval das coordenadoras para iniciar a roda de leitura aqui. “Nós sentíamos falta não só de termos uma leitura que incentivasse a escrita feminina, mas também de um grupo no qual pudéssemos ler juntos no sentido de compartilhar mesmo. Não falamos só do livro, mas das nossas vivências, dores. É um lugar de ouvir e ser ouvida, onde todo mundo pode chegar”, explica Mayara, 26 anos. Inclusive homens são bem-vindos.

Na roda, a conversa é aberta com o perfil da autora escolhida, curiosidades sobre o livro e as questões literárias, para então deixar aberta a troca sobre a leitura, contextualizando com a realidade.

A reunião de outubro será realizada no dia 6, em cima do livro “Nau dos Amoucos”, primeiro romance de Isloany Machado e sua mais recente publicação.

“Um dos maiores intuitos do ‘Leia Mulheres’ é justamente dar visibilidade às escritoras. Logo, nada mais justo do que incentivar a leitura de uma autora local”, completa Mayara.

Do lado de quem escreve, Isloany destaca a importância do projeto. “A literatura feminina, como tudo que é feminino nesta sociedade, é desvalorizada ou considerada ‘água com açúcar’ e eu acho esta iniciativa muito legal”, avalia.

(*) Correio do Estado

- Foto: Divulgação

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