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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Em meio a surto de dengue Prefeitura intensifica fumacê

07/12/2018 15h04

Borrifação está sendo feita nos bairros onde foram constatados maiores índices de infestação: Interlagos, Jardim Maristela e Flamboyant, Paranapungá, Jardim Alvorada e Vila Alegre. Para a medida fazer efeito é preciso que as pessoas deixem portas e janelas abertas no momento da aplicação.

Gisele Berto

A Prefeitura de Três Lagoas intensificou a aplicação do fumacê como forma de combate ao mosquito Aedes aegypti.

A borrifação, tecnicamente chamada de “bloqueio químico”, vem sendo feita pela manhã e à tarde nos bairros Interlagos, Jardim Maristela e Flamboyant, Paranapungá, Jardim Alvorada e Vila Alegre. Esses bairros foram escolhidos devido aos altos índices de infestação do Aedes aegypti e o registro do número de casos de dengue.

A borrifação do produto é feita no período da manhã, das 5h às 8h, e à noite, das 18h às 22h. As aplicações intensivas começaram na quinta, 6, e vão até sábado, 8, nos bairros mencionados. Para isso estão sendo usados quatro veículos, com equipamento pesado acoplado na carroceria. O produto utilizado é o Malathon, misturado com água e não inflamável, pelo sistema de bomba Ultra Baixo Volume (UBV).

“Seguindo as Diretrizes do Ministério da Saúde para esta ação específica, o fumacê vem sendo aplicado em quatro ciclos consecutivos, nos mesmos horários, para obtermos mais resultados na eliminação do mosquito Aedes aegypti”, explicou o coordenador de Endemias e Controle de Vetores da SMS, Alcides Divino Ferreira.

ABRIR PORTAS E JANELAS

O coordenador do Setor de Promoção da Saúde, Waldir José de Souza, também responsável pelas equipes de borrifação e bloqueio químico, explica que a aplicação do produto não possui efeito residual. Isso quer dizer que o efeito do inseticida não permanece por muito tempo. “Por isso, é importante que as pessoas abram as portas e janelas de suas casas para que nosso trabalho obtenha resultados e elimine as fêmeas dos mosquitos adultos, que costumam entrar nas residências nesses horários”, orientou.

“Se as portas e janelas das casas estiverem fechadas, não teremos os resultados esperados e o nosso trabalho passa a ser praticamente em vão”, observou Waldir.

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

O produto, usado pela Vigilância em Saúde e Saneamento da SMS de Três Lagoas, seguindo as normas do Ministério da Saúde, não oferece perigo às pessoas, mas é necessário seguir orientações importantes para a obtenção de melhores resultados na eliminação dos mosquitos e também para evitar algum eventual dano às famílias ou a animais de estimação.

Como orientou Waldir, é importante cobrir todos os alimentos e não os deixar expostos, pelo menos durante a borrifação até uma hora e meia depois. Cobrir também gaiolas de passarinhos de estimação e aquários de peixes ornamentais.

No entanto, se a pessoa “apresentar qualquer tipo de reação alérgica ao produto deve procurar imediatamente o médico”, recomendou o coordenador Alcides.

MEDIDA EMERGENCIAL

O bloqueio químico por borrifação “é uma forma emergencial de conter o avanço da proliferação do mosquito Aedes aegypti, porque o ideal é que a população cuide constantemente da limpeza de suas propriedades, nas ações de localizar e eliminar todo e qualquer criadouro nas suas casas e quintais”, vem sendo apregoado em todas as campanhas contra a Dengue.

Usa-se o “fumacê” como “último recurso de reduzir a população de mosquitos alados (com asas), pois o produto não mata as larvas, fica no ar por pouco mais de uma hora e meia e mata apenas os mosquitos que estão na área de alcance da pulverização”, completou o coordenador de Promoção da Saúde.

Como foi divulgado pela Vigilância Epidemiológica, o acumulado de 2018 de casos notificados suspeitos de Dengue, em Três Lagoas, é de 1.838 casos. Desse total de casos suspeitos, 455 foram confirmados como casos positivos e 916 foram descartados, ou seja, pelos resultados de exames sorológicos laboratoriais, foi constatado o resultado negativo nesses casos.

Fumacê passará nos bairros com maior incidência do mosquito da dengue. Foto: Divulgação

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