10/03/2016 16h09 – Atualizado em 10/03/2016 16h09
Em tempos de crise, celulose se destaca no ranking de exportação em Mato Grosso do Sul
Comparando os meses de janeiro e fevereiro do ano passado, no mesmo período em 2016, as indústrias de celulose instaladas em Três Lagoas venderam US$ 215,1 milhões, contra US$154,2 milhões em 2015
Ricardo Ojeda
Enquanto a economia no ano de 2016 começou em declínio devido à forte crise econômica que assola o país, no estado do Mato Grosso do Sul, mais especificamente em Três Lagoas, as indústrias de celulose que ajudaram a alavancar a economia do Estado, e nesse ano tem muito o que comemorar.
De acordo com Radar Industrial da Fiems, que fez um comparativo dos meses de janeiro e fevereiro de 2015 o faturamento do setor foi de US$154,2 milhões. No mesmo período em 2016, o total arrecadado com a venda de celulose foi de US$ 215,1 milhões, um aumento positivo de US$ 61 milhões.
BALANÇA COMERCIAL
Para se ter uma ideia, em janeiro de 2015 foram exportados do estado do Mato Grosso do Sul US$ 450,3 milhões. Esse valor, além da celulose, elenca outros produtos, como óleos vegetais, extrativos minerais, couros e peles, etc. No mesmo período do ano de 2016, foi registrado US$ 486,2 milhões, o que equivale a um aumento de 8%. Desse registro, o grupo de Papel e Celulose foi um dos principais destaques.
Esses dados são de acordo com uma pesquisa feita pela Unidade de Economia de Estudo e Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), de acordo com o seu Radar Industrial. Esses números ainda tendem a aumentar, devido à ampliação das duas fábricas de celulose que estão sendo construídas em Três Lagoas.
TRÊS LAGOAS
Atualmente a empresa Fibria, indústria de celulose com sede no município de Três Lagoas, produz 1,3 milhões de toneladas de celulose ao ano e, a partir da finalização da segunda unidade de produção, passará para 3,05 milhões de tonelada de celulose. Já a Eldorado Brasil, outra indústria do ramo de celulose atualmente produz 1,5 milhão de toneladas/ano. Quando a expansão do projeto Vanguarda 2.0 ficar concluída, previsto para o primeiro trimestre de 2019, a produção da fábrica será ampliada para 2,3 milhões ao ano.
De acordo com, Carlos Monteiro, diretor Industrial da Eldorado Brasil, mesmo com a economia retraída devido a crise, a produção é 100% voltada para exportação, que com o dólar em alta favorece a lucratividade da empresa.
Atualmente os países compradores do produto, são: Itália, China, Estados Unidos, Holanda e Coreia do Sul.