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Três Lagoas
sexta-feira, 29 de março de 2024

Exame de DNA é realizado na cidade

25/05/2005 15h46 – Atualizado em 25/05/2005 15h46

Da Redação

Por determinação da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul – Sejusp -, e atendendo solicitação da Justiça, através da Vara Família de Três Lagoas, está sendo realizado hoje na cidade exame de DNA para o reconhecimento de paternidade.Eduardo Carvalho de Almeida, perito criminal e membro da equipe da Coordenadoria de Perícias da Secretaria, explica nos casos em que a paternidade de uma criança está sendo investigada, testes de vínculo genético são utilizados para identificar marcadores genéticos presentes na criança, no sangue materno e no suposto pai. Em Três Lagoas a perícia está realizando a coleta de sete casos. A perícia está utilizando uma sala do prédio do fórum municipal.Além de Almeida, da Sejusp, a equipe é formada por João Teixeira Gomes, do Instituto de Criminalista do Mato Grosso do Sul e Roseli Miranda Bispo, presidente da Associação dos Peritos Oficiais do Mato Grosso do Sul. A vinda dos peritos foi acompanhada pelo perito Milton Furio, do setor de criminalística de Três Lagoas.DNAO advento do exame do DNA foi um marco de grande significado na investigação de paternidade. Atualmente, é considerado como o exame mais adequado para a determinação de vínculo genético, com mais de 99,9% de precisão, sendo empregado tanto nos casos particulares, quando nos processos judiciais de investigação de paternidade, Para a realização do exame do DNA, mãe, criança e suposto pai comparecem ao laboratório, assinam um documento onde concordam com a realização do exame e, posteriormente, são colhidas amostra de sangue, em pequena quantidade. O resultado, na forma de um laudo pericial, está disponível em trinta a sessenta dias. Como avanços nesta área destacam-se a investigação com pai falecido, a investigação intra-útero e a utilização de saliva como fonte alternativa do DNA, ao invés do sangue. “Na investigação com pai falecido podemos utilizar vivos e, assim, reconstruirmos a estrutura genética do falecido”, explicou Almeida.Outra opção é a exumação, onde se busca DNA viável na medula óssea de um osso longo (geralmente o fêmur). A investigação intra-útero pode ser feita a partir da oitava semana de gestação, isto é, em etapa bastante precoce da gravidez. Como fonte de DNA fetal pode ser utilizado o líquido aminiótico ou um fragmento da placenta, em procedimento considerados seguro para mão e feto. A utilização de saliva, ao invés de sangue, como alternativa de DNA é um grande progresso, dispensado a punção com agulha, ideal para crianças pequenas. A vinda dos peritos a Três Lagoas é inédita, pois as partes interessadas não possuíam recursos para o deslocamento até a cidade de Campo Grande. Questionada sobre esse deslocamento para Campo Grande, Rosely de Miranda Melo afirmou que a intenção de estender para as 11 regionais o atendimento gratuito do exame. Em um ano de instalação do laboratório de DNA, já foram emitidos cerca de mil laudos.

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