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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Fevereiro tem crescimento na produção industrial em MS

Número de trabalhadores deve aumentar nos próximos seis meses

A atividade industrial de Mato Grosso do Sul melhorou na passagem de janeiro para fevereiro, conforme a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems entre os dias 3 e 11 de março com 70 indústrias. Em fevereiro, 75% das empresas industriais do Estado apresentaram estabilidade ou crescimento da produção. Comparando com o levantamento anterior, esse resultado foi superior em 15 pontos percentuais.

Quanto à utilização da capacidade instalada, 63% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou o mês de fevereiro em 69%.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende, para os próximos seis meses os empresários seguem com expectativas de aumento na demanda por seus produtos e contratações. “No entanto, os índices de confiança e intenção de investimentos, mesmo permanecendo em patamares positivos, recuaram na comparação com o último levantamento”, pontou.

Ezequiel Resende explica que o comportamento sinaliza uma postura mais cautelosa que pode estar relacionada à atual conjuntura, marcada pelo encarecimento de matérias-primas e outros insumos, como a energia elétrica. “Uma inflação persistentemente alta afeta as condições de consumo em geral. Temos juros elevados, comprometendo o crédito disponível para o consumo e investimento, além das incertezas em relação ao ambiente externo e crescimento da economia”, completou.

Maioria das empresas espera aumento ou estabilidade na demanda por seus produtos

Com relação as expectativas projetadas para os próximos seis meses a partir de março, o economista da FIEMS detalha que 42,9% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 7,1% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 48,6% do total.

Quanto ao número de empregados, em março, 18,6% das empresas disseram que o número de trabalhadores deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 5,7% acreditam que esse número deve cair, enquanto 74,3% das empresas esperam manter o número de funcionários estável.

Além disso, em março, a Sondagem Industrial da Fiems sinaliza que a intenção de investimento para os próximos seis meses está menos disseminada entre os respondentes, quando comparado com os meses anteriores. No atual levantamento 51,4% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses.

Confiança do empresário industrial de MS segue positiva

Ainda de acordo com a pesquisa do Radar Industrial da Federação das Indústrias, em março, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou a marca de 57,4 pontos, indicando recuo de 2,2 pontos em relação ao último levantamento. Contudo, em relação à média histórica do mês, o índice ficou 1 ponto acima.

“Em geral, a confiança do empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue num patamar positivo, principalmente por conta do otimismo projetado para os próximos seis meses, especialmente em relação ao desempenho esperado para a própria empresa. Por fim, o indicador permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando que o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue confiante”, detalhou Ezequiel Resende.

Para industriais, economia brasileira se manteve estável

Em março, 44,3% dos respondentes consideram que não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 45,7% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 50,0%.

Na avaliação de 28,5% dos empresários, as condições atuais da economia brasileira pioraram. No caso da economia estadual, a piora foi apontada por 22,9% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 20,0% dos respondentes.

Já para 24,3% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Em relação à economia estadual esse percentual ficou em 28,5% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 27,1%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,9%.

Expectativas para os próximos seis meses

Em março, 17,1% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 14,3% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 7,1% dos empresários.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 34,3%. Já em relação à economia do Estado, esse percentual alcançou 35,7% e, a respeito da própria empresa, 31,4% disseram que a situação deve permanecer igual.

Por fim, 45,7% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 47,1% e, no caso da própria empresa, 58,5% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,9%.

*Informações da assessoria

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