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Formação de coligações para eleger deputados preocupa partidos no Estado

17/03/2018 09h12

Agremiações se mostram atentas quanto a composições de chapas proporcionais na esperança de melhorarem as chances de conquistarem vagas na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa

Redação

A composição das chapas nas eleições proporcionais –disputadas pelos candidatos a deputado federal e estadual– se tornou ponto de debate na composição das alianças em Mato Grosso do Sul. Preocupados com a possibilidade de se alinharem a “campeões de votos”, partidos têm pesado a questão antes de confirmarem apoio aos candidatos a governador e senador.

Historicamente, os partidos –a quem pertencem os mandatos eletivos– se inserem em coligações nas quais veem mais chances de atingir os quocientes eleitoral (número de votos necessários para conquistar uma das vagas em disputa) e partidários (índice que cada partido ou coligação deve atingir para eleger um candidato, calculado a partir da divisão do quociente eleitoral pelo total de votos válidos da legenda ou da chapa).

A avaliação feita é que, caso o partido se coligue com outro onde haja políticos dos quais se esperam grandes votações, apenas ajudaria no somatório de votos, não conquistando para si uma vaga. Daí vem a intenção de fecharem chapa com legendas de igual tamanho, onde deixariam a corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados ou Assembleia Legislativa mais igual.

“Os pré-candidatos a deputado estão mais preocupados não é com recursos para campanha, mas com a chance de formarem coligações e serem eleitos. Se entendem não terem muitos votos, se integrarem uma chapa forte não conseguem se eleger. Em uma chapa menor, onde seria necessário menos votos, eles entram”, explicou o senador Waldemir Moka (MDB). “As conversas com eventuais aliados, agora, incluem isso, uma melhor condição de os partidos elegerem representantes”.

Espaço

A tese é repetida pelo presidente regional do PRB, Wilton Acosta. Ele admite que seu partido, hoje, estaria mais propenso a uma aliança com o PSDB, “até porque fazemos parte da base aliada do governador Reinaldo Azambuja”. Contudo, ele também afirma que o partido “precisa de mais espaço político e de condições boas de campanha para eleger seus representantes”. Por esse motivo, o partido segue aberto quanto aos debates em prol de uma melhor chapa.

A outra prioridade do PRB, conforme Acosta, é a reeleição de Pedro Chaves. Recém-filiado ao partido, o senador também reforça a necessidade de espaço para os projetos da legenda. “O PRB quer espaço político e um local adequado para ter um bom resultado nas eleições. É importante a formação das chapas e coligações para dar chance tanto a mim quanto aos outros candidatos do partido se elegerem. Será um dos critérios da discussão”.

O dilema também ocupa o Solidariedade, conforme revelou o deputado estadual Herculano Borges. “O partido precisa escolher bem a chapa em que vai entrar porque os candidatos devem ter, no mínimo, condições iguais aos dos outros da coligação para disputar a eleição”, afirma o parlamentar do SD, que deve disputar a reeleição. “É uma avaliação muito importante, principalmente para um pequeno partido, que precisa aumentar a representação em caráter estadual”.

(*) Campo Grande News

Moka afirma que potenciais aliados se mostram preocupados com composição de chapas. (Foto: Marina Pacheco)

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