20.5 C
Três Lagoas
sexta-feira, 29 de março de 2024

Gasolina pode ficar 1,5% mais barata a partir de segunda

15/11/2006 17h42 – Atualizado em 15/11/2006 17h42

Estadão.com

Os donos de carros movidos a gasolina poderão pagar até 1,5% a menos pelo combustível a partir da próxima segunda-feira (30), de acordo com cálculos do governo apresentados pelo diretor do Departamento do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan. A previsão foi feita no final de outubro, quando o governo anunciou que o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) tinha decidido elevar de 20% para 23% a mistura de álcool anidro na gasolina.

O novo porcentual vale a partir de segunda-feira, conforme determinação do órgão, que reúne os ministérios da Agricultura, Fazenda, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Dois fatores justificam a estimativa de queda no preço da gasolina nos postos. Além do álcool anidro ser mais barato, não há incidência de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e nem da Contribuição de Intervenção Sobre o Domínio Econômico (Cide) para o combustível.

Antes mesmo da nova mistura entrar em vigor, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, sinalizou na última terça-feira (14), em São Paulo, que o governo poderá elevar de 23% para 25% a adição de álcool na gasolina, caso os estoques estejam em níveis confortáveis.

“Em janeiro o governo terá uma reunião para reavaliar essa situação e se os estoques estiverem com bons níveis a mistura pode chegar ao percentual pedido pelas usinas”, afirmou o ministro.

A solicitação dos usineiros era de que a mistura fosse elevada agora de 20% para 25%, pedido que não foi aceito pelo governo, que preferiu não correr o risco de haver um desabastecimento do mercado nacional, como o ocorrido no início deste ano, durante a entressafra da cana-de-açúcar.

No começo de 2006, o governo foi surpreendido por uma forte alta dos preços do álcool nas usinas e nos postos de gastos. O aumento e o risco de faltar combustível no mercado levou o Cima a reduzir o porcentual de 25% para 20%.

Nos cálculos do governo, o aumento da adição de álcool anidro para 23% vai incrementar o consumo em 306,9 milhões de litros, o que evitará novos recuos de preços do álcool nas usinas. Ao pedir o aumento, os usineiros argumentaram que os preços do álcool estavam em queda e que a manutenção do porcentual em 20% acabaria desestimulando a produção de cana-de-açúcar.

No dia primeiro de maio de 2007, quando começa o período de moagem da nova safra, o estoque deve somar 614,3 milhões de litros, previsão que considera a mistura de 23%. Antes da mudança, os estoques para a data eram estimados em 921,1 milhões de litros.

Para tomar a decisão de mudar a mistura, o governo também avaliou dados relativos aos estoques, produção e exportações. Os embarques em 2006 devem superar em 700 milhões de litros o volume embarcado no ano passado. A produção deve crescer 1,7 bilhão de litros em relação ao resultado de 2005. Os estoques de álcool nas usinas somavam aproximadamente 5,1 bilhões no dia primeiro de outubro.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.