19/03/2018 15h37
Custos com alimentação diminuíram e equilibraram orçamento
Redação
Os gastos com vestuário e saúde foram os protagonistas do índice inflacionário no mês de fevereiro na Capital, registrando 1,92% e 1,49%, respectivamente. Entretanto, a diminuição dos preços com alimentação e transportes, o que na média geral, resultou em 0,34% no mês de fevereiro.
Apesar do percentual de fevereiro estar abaixo de 1%, ainda foi maior do que janeiro deste ano que chegou a 0,25%. O levantamento foi divulgado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp.
Na avaliação do coordenador da pesquisa realizada mensalmente no setor de produtos e serviços da Capital, Celso Correia de Souza, os dados apresentados revelam que a inflação permanece controlada, em razão das medidas econômicas tomadas pelo governo federal.
“É importante considerar que, em 2017, o Brasil colheu uma supersafra de grãos, o que possibilitou a estabilização e até a baixa em alguns produtos do grupo Alimentação, favorecendo a queda da inflação”, argumenta.
Souza explica que na contrapartida dos resultados positivos apresentados pelo setor produtivo estão: o alto desemprego no país, os juros ainda elevados e o grande endividamento da população, reduzindo a demanda, inclusive, em produtos de alimentação no varejo.
COMPARATIVO
No acumulado dos 12 meses, a taxa ficou em 2,49%, ainda bem abaixo da meta inflacionária de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os grupos de maior destaque neste período foram: Habitação, com 6,10%; Vestuário, com 5,13%; Despesas Pessoais, com 4,70%; e Transportes, com 3,19%.
Com deflações, estão: alimentação (-3,73%) e educação (-2,38%). A inflação de 2018, ou seja, o acumulado dos dois primeiros meses do ano, é de 0,59%, a taxa mais baixa desde 2008, quando foi de 0,05%.
(*) Correio do Estado