27/05/2015 11h26 – Atualizado em 27/05/2015 11h26
O Governo afirma que no Estado, os professores são bem pagos e tem o terceiro maior piso salarial do Brasil
Fábio Jorge e Patrícia Miranda
Com a greve da rede estadual de ensino começa oficialmente hoje, quarta-feira (27), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgou nota de esclarecimento à população para sobrepor a versão do Executivo sobre as declarações da classe da Educação.
Em nota, o governador inicia reconhecendo a grande importância dos professores, além de garantir que o Governo do Estado valoriza esses trabalhadores. Ressalta também, que a FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) sempre foi recebida para negociações e mantém sempre diálogo aberto com o órgão.
Azambuja destaca que o Mato Grosso do Sul, paga o terceiro maior piso do Brasil (desde 2014), 38,84% a mais da média nacional. “Enquanto o piso nacional é de R$ 1.917,78, o Estado paga R$ 2.662,83. Contudo 99,67% dos nossos professores com ensino superior recebem em média R$ 5.561,90”, cita a nota. Em janeiro deste ano, houve um reajuste de 13,01% para a classe.
A divulgação ainda explana o atual cenário político nacional, onde cidades e Estados estão sofrendo com a queda de arrecadação e corte de repasses por parte da presidência, devido à crise. O Governo do Estado enfatiza também, que repudia qualquer tentativa de uso político da greve.
Em Mato Grosso do Sul, são aproximadamente 360 mil alunos da rede estadual de ensino e 25 mil professores. Segundo a categoria, a greve será por tempo indeterminado.
TRÊS LAGOAS
Servidores estaduais da educação de Três Lagoas também aderiram à greve. Das 13 escolas da rede estadual, apenas duas não entraram em greve, são elas a Escola Estadual José Ferreira, no Jupiá e a Afonso Trannin no distrito de Arapuá, segundo a professora e presidente do Sinted (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica de Três Lagoas e Selvíria), Maria Aparecida Diogo.
Haverá hoje (27) uma Assembleia Geral no Sinted, para que haja uma organização a respeito da greve. “Faremos uma comissão de greve no qual decidiremos o melhor encaminhamento. Queremos uma organização”, disse.