09/09/2014 16h54 – Atualizado em 09/09/2014 16h54
Com melhoramentos, Hidrovia Paraná-Tietê vai elevar em 8 vezes a capacidade de carga
Os números foram apresentados pelo superintendente da Ahrana, Antonio Chehin, em Seminário no Albano Franco
Da Redação
Durante a abertura do Seminário Plano de Melhoramentos da Hidrovia Paraná-Tietê, promovida pela Fiems e Ahrana (Administração da Hidrovia do Paraná) nesta terça-feira (09/09), no auditório do Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande (MS), o superintendente da Ahrana, Antonio Badih Chehin, detalhou o EVTEA – Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica e Ambiental – da hidrovia. “Hoje, a utilização da Hidrovia Paraná-Tietê tem capacidade para transportar até 6,2 milhões de toneladas de cargas por ano e a intenção, com plano de melhoramentos, é chegar a 2020 com a capacidade de 50 milhões de toneladas por ano”, garantiu.
Ele acrescentou ainda que o investimento em obras será no valor de R$ 2,4 bilhões e a previsão é que as obras sejam concluídas até 2025. “Os rios Amambai, Ivinhema e Sucuriú são importantes vias para o escoamento da produção do interior de Mato Grosso do Sul para o sistema Paraná-Tietê para fim de exportação”, reforçou. Para o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck, que representou o presidente Sérgio Longen no evento, a solução para o transporte em Mato Grosso do Sul é a intermodalidade, criando a oportunidade de utilização de todos os modais e diminuindo a pressão sobre as rodovias.
No entanto, Jaime Verruck destaca que o primeiro passo é melhorar a infraestrutura já existente nas hidrovias Paraná-Tietê e Paraguai, além da ALL (América Latina Logística Malha Oeste). “Com esses investimentos, potencializamos o que já temos, reduzindo os custos médios de transporte para nos tornamos mais competitivos, com o benefício de atrair mais empresas e aumentar o volume de produção. O transporte pela hidrovia deve dobrar o transporte de minério”, comentou.
Já o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka, afirmou que vai reivindicar a integração do Rio Ivinhema na Hidrovia Paraná-Tietê. “Trata-se de rio navegável e com grande potencial a ser explorado. Esse modal fluvial estabelece condições para nos tornarmos mais atrativos e enfrentar esse gargalo da logística que segura nosso crescimento e reduz a competitividade”, disse.
Para o presidente do Setlog MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS), Claudio Cavol, a integração intermodal torna o transporte mais eficiente. “Quanto mais estiverem ligados, mais o país cresce e haverá a necessidade de caminhões para atender essa demanda, então somos favoráveis à intermodalidade”, declarou.
Na avaliação do diretor de mineração da Vetorial, Carlos Felini, o modal fluvial oferece um grande ganho de custo na economia, assim como um ganho de produtividade e ainda tem vantagem da preservação ambiental. “Essas melhorias diminuem o custo de transporte e oferecem novas oportunidades para o desenvolvimento do nosso Estado”, pontuou.
(*) Com informações de Assecom Fiems