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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Ilha das Cobras é chance remota

18/09/2002 10h44 – Atualizado em 18/09/2002 10h44

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, provavelmente não cumprirá pena no presídio que a Marinha mantém na Ilha das Cobras – próximo à Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara, primeira unidade cogitada pelo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro. Além de a unidade ser de segurança mínima, a prisão é destinada a pessoas com penas de até dois anos, e o Código Naval proíbe a entrada de presos federais. O secretário estadual de Justiça, Paulo Saboya, informou ao Ministério que Beira-Mar responde a 16 processos e tem condenação a 21 anos de prisão.

O ministro disse que técnicos das secretarias nacionais de Justiça e de Segurança estudam as condições de outras unidades militares. Paulo de Tarso criticou a permanência do traficante em Bangu 1. “A gestão penitenciária não é bem feita lá. Beira-Mar tem regalias que nenhum outro preso tem no País”, opinou.

Enquanto não se define o destino de Beira-Mar, o líder da rebelião em Bangu 1 continuará numa cela do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque), no Estácio. Mesmo contrariando advogados dele e de outros quatro chefões do Comando Vermelho (CV). A última tentativa de retirá-los do BPChoque foi feita ontem. Advogados disseram ao juiz Enos da Costa Palmas, do 2º Tribunal do Júri, “que os presos eram maltratados e que as celas não tinham circulação de ar”. Um oficial de justiça foi ao local e não confirmou a denúncia.

O corregedor-geral das Polícias, Aldney Peixoto, também foi ao BPChoque checar informação de que os presos recebiam comida estragada. Peixoto viu que isso não é verdade, já que o comandante do batalhão, coronel Francisco Spargoli, manda servir aos traficantes a comida oferecida aos PMs. Ontem, por exemplo, os chefões do CV almoçaram arroz, feijão, purê de batata e filé de peixe empanado. No jantar, o peixe deu lugar a iscas de fígado.

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