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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Jalapão

24/09/2002 12h51 – Atualizado em 24/09/2002 12h51

Focar, desfocar e focar novamente. Esse movimento incessante faz dos olhos a parte do corpo mais requisitada no Jalapão – mais até do que as próprias pernas. Fixar o olhar num único ponto é tão impossível quanto ter vontade de ir embora desse pedacinho de paraíso.

Pouco conhecido e selvagem -e é bom que continue assim-, o Jalapão fica no Estado mais novo do Brasil, o Tocantins, cuja capital, Palmas, fica a 1.776 km de São Paulo e a 2.124 km do Rio de Janeiro.

Pelos contrastes que expõe, o Jalapão surpreende a cada instante. Secas estradas de terra vermelha e areia levam a rios caudalosos. Os tons do céu e da vegetação colorem as transparentes águas das cachoeiras. E uma comunidade singela produz um artesanato requintado.

Afastado e de difícil acesso, o Jalapão nada tem de inóspito, muito pelo contrário. A liberdade de lobos-guarás e veados-mateiros, que correm pelo cerrado alheios à existência humana, convida o visitante a esquecer da vida barulhenta, poluída e movimentada da urbanização. Por isso, um aviso se faz necessário: se a idéia de ficar incomunicável o incomoda, desista de conhecer o Jalapão. Celulares não funcionam nem há orelhões. O meio de comunicação usado é a telefonia por satélite, disponível na Pousada do Jalapão e no acampamento Korubo -dois únicos meios de hospedagem da região.

Prepare-se também para enfrentar longas distâncias, sempre percorridas em estrada de terra num carro 4×4, e “engolir” muita poeira.

Tenha em mente, no entanto, que todos esses “poréns” fazem do Jalapão um lugar inusitado e são totalmente recompensados porque a beleza do Jalapão vai muito além de qualquer descrição, por mais detalhada que seja.

Fonte: Folha Online

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