14/10/2002 13h37 – Atualizado em 14/10/2002 13h37
Dois dos três adolescentes que foram espancados na madrugada do último sábado (12) em Ribeirão Preto desmentiram a versão de que a violência foi cometida por policiais militares, em depoimento ao comando da PM realizado na tarde de ontem.
Na primeira versão do crime, registrada em boletim de ocorrência, os adolescentes acusaram seis policiais militares de terem participado do espancamento em um matagal no Jardim Capri. Dos três adolescentes, todos de 14 anos, um continua internado em estado grave na Santa Casa da cidade, com traumatismo craniano.
Logo após saírem do hospital, dois adolescentes foram levados ao quartel da Polícia Militar, onde foram interrogados. No interrogatório, feito com acompanhamento das mães das vítimas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os adolescentes negaram a participação de policiais militares no espancamento. Eles disseram que foram agredidos por cinco pessoas, que certamente não eram policiais. O falso testemunho contra os policiais militares ocorreu por medo de represálias dos verdadeiros agresssores, segundo os adolescentes.
No sábado, a PM já havia descartado a participação de policiais no espancamento, após o depoimento de uma testemunha que disse ter visto dois homens espancando um adolescente. Os dois homens estariam vestindo trajes civis, segundo a testemunha.
O advogado das vítimas, Edvaldo da Silva, disse que pretende levar o caso à Promotoria da Infância e Juventude. A Polícia Militar informou que irá oferecer proteção às famílias dos adolescentes epancados. O caso também será investigado pela Polícia Civil.
Fonte: EPTV
