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sábado, 20 de abril de 2024

Longen defende ações para avançar nas questões relativas aos resíduos sólidos

07/05/2015 15h46 – Atualizado em 07/05/2015 15h46

O presidente da Fiems abriu a 17ª Reunião – Coema Regional Centro-Norte realizada no Albano Franco

Assessoria

Durante a abertura da “17ª Reunião – Coema Regional Centro-Norte”, realizada nesta quinta-feira (07/05) pelo Coema (Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente) da Fiems e Coema (Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade) da CNI, no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu a construção de ações para avançar nas questões relativas à implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Precisamos construir mais ações e não apenas criarmos regras, transferindo tudo para o setor privado”, declarou.

Para Sérgio Longen, é grande a preocupação das indústrias de Mato Grosso do Sul com a questão e, por isso, a busca por alinhar propostas e envolver a sociedade nas discussões. “É um tema de extrema importância e que nos preocupa, precisamos cada vez mais construir uma agenda positiva, criar mais ações e não transferências de tudo para o setor privado, isso tem levado o Brasil para o caminho que vemos todos os dias na televisão. Isso nos faz perder competitividade”, disse.

Na ótica do secretário-executivo do Coema Regional Centro-Norte e gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley de Souza Carneiro, o envolvimento de todos os atores que integram cada cadeia setorial é um dos principais desafios. “Quando falamos em logística reversa, que está ligada a resíduos sólidos, precisamos pensar que ela depende do envolvimento de todos os elos da cadeia, trata-se de um círculo que precisa envolver a todos”, avaliou.

A logística reversa está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos e trata-se do processo de retorno de produtos, embalagens ou materiais para os locais de origem e envolve todos os elos da cadeia produtiva. Shelley Carneiro acredita que a integração das partes é o caminho para implementar ações de logística reversa. “Como cada ator depende um do outro é necessária conscientização, trata-se de um caminho longo de organização, gestão e criação de uma cultura para implementar os processos”, disse.

Na manhã desta quinta-feira, os empresários participantes puderam debater o assunto e conhecer a experiências de outros Estados. “Nos reunimos a cada três meses para tratar de temas que interessam aos empresários e conhecermos também os caminhos adotados em alguns Estados”, declarou o presidente do Coema da Fiems, Isaias Bernardini. Ele destacou que na questão logística reversa, o Estado do Paraná está com ações bem avançadas, que também foram apresentadas na manhã desta quinta-feira.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, destacou que a intenção do Estado e do setor produtivo ao debater o tema é encontrar o caminho para atender a todos. “Nossa ideia é construir um modelo adequado para as indústrias do Estado, por isso a importância de estarmos unidos e debatendo o assunto. A Fiems vai apresentar propostas e, a partir daí, criaremos um grupo de trabalho para dar andamento aos trabalhos”, pontuou.

PAINÉIS

O assessor da presidência da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Irineu Roveda Júnior, falou sobre os trabalhos desenvolvidos no Paraná para iniciar implementação dos planos de logística reversa. “É um processo de conscientização do entendimento sobre a discussão, pois as questões ambientais envolvem a todos e, por isso, devem estar unidos e esclarecidos sobre o que cabe a cada elo. No Paraná foram elaborados planos de logística reversa para nove segmentos e nós vamos falar aqui sobre como foi a nossa experiência neste processo”, disse, completando que os planos elaborados começaram a ser implantados neste ano.

Já o consultor técnico do Senai do Paraná, Carlos Edson Waltrick, destacou que um ponto que dificulta é o não conhecimento do processo de retorno, e também dos custos. “É um trabalho de responsabilidade compartilhada , por isso temos de envolve a todos nas discussões”, afirmou, lembrando que os Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais estão com ações mais avançadas envolvendo o tema. Estudo de desoneração da cadeia da reciclagem foi o tema apresentado pelo especialista em Políticas e Indústria da CNI, Wanderley Coelho Baptista. “Temos um estudo e estamos construindo propostas nesse sentido”, declarou.

Segundo o presidente do Coema da Fiems, Isaías Bernardini, o evento também serviu para aprovar a Ata da “16ª Reunião – Coema Regional Centro-Norte”, realizada em março do ano passado na cidade de Rio Branco (AC). “O grupo também fez uma visita técnica ao Frigorífico JBS e, depois, segue para Bonito (MS), onde será realizada a segunda parte da reunião, nesta sexta-feira (08/05). Lá, das 9 às 12 horas, no Hotel Zagaia, os empresários dos Estados do Centro-Oeste e do Norte vão acompanhar a apresentação do documento de Posicionamento da Indústria para a COP 21 (Clima) – processo de elaboração e principais pontos de discussão. Já no período da tarde, das 14 às 16 horas, o grupo fará uma visita técnica ao EcoSesi Observatório Socioambiental, quando participarão de uma apresentação sobre o Selo Ambiental do PSE (Programa Senai de Ecoeficiência)”, detacou.

PROGRAMAÇÃO:

Sexta-feira (07/05)

09:00 às 09:30 – Apresentação do documento de Posicionamento da Indústria para a COP 21 (Clima) – processo de elaboração e principais pontos de discussão

09:30 às 10:00 – Debates

10:00 às 12:00 – Reunião com os conselheiros do COEMA Centro-Norte (restrita)

14:00 às 16:00 – Apresentação do EcoSesi Observatório Socioambiental e do Selo Ambiental do PSE (Programa Senai de Ecoeficiência)

(*) FIEMS

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu a construção de ações para avançar nas questões à implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. (Foto: Assessoria)

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