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Morte de Orestinho completa cinco anos, mas seu legado permanece vivo

24/08/2017 18h37

Empresário de visão e pecuarista respeitado pela classe, ele deixou vários projetos em andamento que são administrados por seus cinco filhos

Ricardo Ojeda

Há exatamente cinco anos, a sociedade três-lagoense foi abalada como uma trágica notícia de que o avião que viajava o empresário Orestes Prata Tibery Junior, carinhosamente conhecido como “Orestinho”, caiu quando seguia para uma de suas propriedades. Além do piloto, Teodoro Janjon, estava sua inseparável esposa, Ellen Perboni Prata Tibery.

O acidente aconteceu numa ensolarada manhã de sábado, pegando os amigos e familiares de surpresa, dos quais, muitos não acreditavam. Demorou para cair a ficha e enfrentar a realidade. Alguns amigos se reuniram e foram ao local da tragédia, na fazenda Serena, em Água Clara.

Orestinho quando recebia a reportagem do Perfil News em seu escritório sempre fazia questão de mostrar os registros dos animais rigorosamente catalogados como mostram as fotos abaixo

PESSOA ILUMINADA

Decorridos cinco anos, as lembranças ainda permanecem. Afinal, Orestinho era uma pessoa iluminada, de bom papo e tratava todos, independente da condição financeira e social como o mesmo respeito e simpatia. Devia ser por isso que seus funcionários, que há anos trabalhavam para ele nas fazendas, diziam que não perderam um patrão, mas um pai.

Assim era Orestinho. Homem de visão, além de grande e respeitado criador das raças Zebuínas. Ou melhor: era um amante da pecuária!

MARCO HISTÓRICO NA ABCZ

Por conta das suas atividades, ele, por unanimidade foi escolhido para presidir a ABCZ, comandando a entidade entre os anos de 2004 e 2007. Sua administração foi um marco histórico a frente da entidade que congrega a classe zebuína de todo Brasil. Ele fez história na ABCZ, inclusive recebendo homenagens da entidade.

Quando ainda nem se falava dos investimentos bilionários das indústrias de celulose, ele acreditou no potencial de crescimento de Três Lagoas investindo no setor hoteleiro. Orestinho construiu um dos melhores e mais requintados hotel do Estado, o Hotel OT, que até os dias de hoje é referência do setor. O empreendimento levou 18 meses para ser construído e foi inaugurado em 29 de maio de 1999. Possui 87 apartamentos, gerando 50 empregos diretos.

EMPREENDEDOR

Mostrando seu potencial empreendedor, adquiriu às margens da BR 262, a instalação da Pecus, onde funciona a Leilo Visão. O local recebeu melhorias, ganhando estrutura para ser o melhor espaço para realização de feiras e leilões, que foi batizado de LeiloAdo, em homenagem ao primo “Ado”.

Foi nesse local que aconteceu eventos de grande porte, como os Leilões Seleções OT, que reunia a nata dos criadores de todo Brasil, além das audiências públicas onde foi debatida a implantação da Fibria e da Eldorado Brasil. Enfim, com a LeiloAdo, Orestinho proporcionou à cidade um espaço “Vip”, que atendia as necessidades dos grandes eventos que começavam a acontecer com a chegada das indústrias bilionárias.

HOMEM VISIONÁRIO

Porém, foi na lida da pecuária que ele despontou no mercado nacional e internacional. Orestinho nasceu e cresceu no meio da pecuária zebuína, acompanhou e observou de perto os passos de pioneiros como o tio Pylades Prata Tibery. Ele era o titular da seleção OT, uma referência no mercado do rebanho zebu seletivo, integrou o Grupo Elo da Raça durante muitos anos e também estava no JOP que identifica, cria e importa novas linhagens de nelore, guzerá e gir indianos.

Mas o homem visionário também encontrava tempo para cuidar da saúde. Diga-se de passagem, não aparentava a idade que tinha, era um jovem. Amava exercitar-se, caminhando pela pista da Lagoa Maior, no qual tinha profunda admiração. Uma vez por semana, – no final da tarde – reunia com os amigos para uma partida de futebol no campo da fazenda São João. Falando em futebol, Orestinho era torcedor fanático pelo Botafogo.

Essa é a história do Orestes Prata Tibery Junior, que deixou um legado à sua família e aos amigos de humildade, de companheirismo e, acima de tudo, de honestidade. Ele partiu inesperadamente deixando um imenso vazio de tristeza e saudades.

Orestinho deixou cinco filhos do primeiro casamento, com Célia Maria de Souza: José Carlos Souza Prata Tibery, (Bitão), Ruth Souza Prata Tibery Pietraroia, Orestes Prata Tibery Neto (Bibo), Ângelo Mário Souza Prata Tibery e Luíza Souza Prata Tibery Lima. Os irmãos assumiram os negócios deixados pelo pai, dando prosseguimento nas atividades que ele tanto amava a pecuária.


Orestes Prata Tibery Junior deixou um legado à sua família e aos amigos de humildade, de companheirismo e, acima de tudo, de honestidade (Foto: Arquivo/Ricardo Ojeda)

Por conta das suas atividades, ele, por unanimidade foi escolhido para presidir a ABCZ, comandando a entidade entre os anos de 2004 e 2007 (Foto: Reprodução)

Morte de Orestinho completa cinco anos, mas seu legado permanece vivo

Morte de Orestinho completa cinco anos, mas seu legado permanece vivo

Em sua sala no escritório que tinha no centro da cidade ele exibia com muito orgulho os troféus conquistados nos julgamentos pela qualidade de seu rebanho (Foto: Arquivo/Ricardo Ojeda)

Orestinho com Walther Negrão, o autor de novelas da TV Globo que veio à Três Lagoas para prestigiar o leilão Seleção OT (Foto: Arquivo/Ricardo Ojeda)

Orestinho com a esposa Ellen, as filhas, Luíza e Ruth, e os netos (Foto: Arquivo)

Orestinho com os filhos: José Carlos Souza Prata Tibery, (Bitão), Orestes Prata Tibery Neto (Bibo), Ângelo Mário Souza Prata Tibery (Foto: Arquivo/Ricardo Ojeda)

Pela sua atuação a apoio às entidades, Orestinho colecionou várias homenagens, como esse recebida em Três Lagoas pelo comando do Batalhão da Polícia Militar e do Exército (Foto: Arquivo/Ricardo Ojeda)


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