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quarta-feira, 24 de abril de 2024

MS tem 2° maior cadastro de doadores de medula

17/09/2018 15h11

MS tem 2° maior cadastro de doadores de medula: ‘Problema é que muitos se negam ao descobrir compatibilidade’

Possibilidade de compatibilidade no banco de doadores é de 1 a cada 100 mil e, somente neste ano, 5 pessoas foram compatíveis e se negaram a dar continuidade no tratamento

Redação

Mato Grosso do Sul tem o 2° maior cadastro do Centro-Oeste, em número de pessoas propensas a doar medula óssea. São ao todo quase 165 mil cadastrados, de acordo com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Lucéia Maria Fernandes, que é assistente social e responsável por este setor, no Centro de Hemotologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul (Hemosul), em Campo Grande, avalia o dado mensalmente e ressalta o fato das pessoas se negarem a dar andamento após ser confirmada a compatibilidade.

“Tenho dois pontos de vista. Se for avaliar pelo número da população do estado, ainda é um número baixo de cadastrados. No entanto, este é um assunto complexo, que muitas pessoas desconhecem e tem gente até que pensa que é algo relacionado a medula espinhal, tem medo de sequelas físicas. Mesmo assim, temos todo o este número de cadastrados. O problema é que muita gente se nega ao saber da compatibilidade. Só neste ano, no estado, 5 não quiseram mais doar e ano passado 12”, comentou ao G1 Lucéia.

Ao contrário, desde o início do projeto em 2001, 75 pessoas em Mato Grosso do Sul continuaram com a doação e beneficiaram pacientes. “Essa somatória é feita ano a ano e acompanhada mensalmente. Nós também fazemos um apelo para as pessoas atualizarem o cadastro, principalmente telefone, porque temos muito trabalho em encontrar o doador quando há compatibilidade nestes casos”, ressaltou a assistente social.

O professor de Biologia e acadêmico do 6° semestre de Biomedicina, Carlos Alberto Rezende, de 54 anos, foi diagnosticado aplasia medular severa no ano de 2015. “Fiz o tratamento e fui transplantado há 1 e 10 meses, completados exatamente hoje. A descoberta de um doador no banco tem a possibilidade de 1 em 100 mil, então literalmente digo que nasci de novo. Voltei a trabalhar, sou atleta e também tenho o Instituto Sangue Bom”, afirmou.

O azulejista e pedreiro Hélder Fonseca, de 32 anos, foi até Barretos (SP) para fazer a doação da medula óssea. “Fiquei feliz por este chamado de urgência e digo a todos para se inscreverem, porque é muito importante ajudar a salvar a vida de uma pessoa. É um procedimento simples e rápido e tem muita gente precisando”, disse recentemente.

(*) G1 MS

Professor de MS disse que

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