21.9 C
Três Lagoas
sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mulher sobrevive após ser atingida por 6 tiros na cabeça

11/11/2006 15h32 – Atualizado em 11/11/2006 15h32

Estadão.com

A dona de casa Patrícia Gonçalves Pereira, de 21 anos, escapou da morte por pouco na tarde de sexta-feira. A jovem foi atingida por sete tiros, sendo seis só na cabeça. Poucas horas depois, ela recebeu alta e retornou para casa, no bairro Conjunto Joaquim Costa, na periferia da capital mineira. “Tenho certeza que foi milagre, senão não tinha sobrevivido dessa não”, disse a dona de casa.

As balas ficaram alojadas no couro cabeludo e não perfuraram o crânio. A equipe médica da Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, no norte de Minas Gerais, continuava intrigada com o caso.

De acordo com a Polícia Civil, o autor da tentativa de homicídio, o motorista José Ferreira Bastos, de 48 anos – ex-marido de Patrícia -, permanecia foragido.

A vítima contou que há cerca de um mês se separou de Bastos e voltou para a casa dos pais, pondo fim a uma relação de dois anos. Inconformado com a separação, Bastos invadiu a residência e implorou pela reconciliação. Diante da negativa de Patrícia, o motorista descarregou o revólver calibre 32 e ainda deu mais um tiro na ex-mulher.

Vizinhos ouviram os disparos e viram quando Patrícia pulou no muro, ferida e ensangüentada. Além dos seis tiros na cabeça, a jovem foi atingida também na mão esquerda. A polícia foi chamada e Patrícia levada para o Pronto-Socorro da Santa Casa. Ela chegou lúcida ao hospital. Bastos fugiu.

Os médicos ficaram impressionados. “Não houve penetração intracraniana, então não houve lesão cerebral”, afirmou o neurologista Adriano Teixeira ao analisar as radiografias que mostram os projéteis alojados na cabeça da vítima. “Não sei explicar como isso aconteceu”.

Três balas – duas alojadas na cabeça e a que atingiu a mão – foram retiradas. As outras deverão ser extraídas nos próximos dias. De acordo com o médico, Patrícia não deverá ter seqüelas. Neste sábado, a uma emissora de TV local, ela contou que passou uma noite tranqüila e afirmou que apenas um projétil alojado na nuca a incomodava. “Deixa a gente meio surda”. Apesar do susto, a mulher disse que não pretende mudar sua rotina.

O delegado regional de Montes Claros, Aluízio Mesquita, disse que apesar de o laudo pericial ainda não ter sido divulgado, tudo indica que havia algum problema com as balas utilizadas por Bastos. Ele acredita que os projéteis tenham sido mal conservados.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.