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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mulher vendia ‘vagas’ por R$ 50 mil para curso de medicina

17/10/2013 08h46 – Atualizado em 17/10/2013 08h46

Mulher vendia ‘vagas’ por R$ 50 mil para curso de medicina, diz polícia

Suspeita foi presa após aplicar golpes em Dourados, no sul de MS. Polícia suspeita que 15 pessoas tenham sido vítimas de golpe só no estado.

Da Redação

Uma mulher de 24 anos foi presa sob suspeita de integrar uma quadrilha do Rio de Janeiro que vende vagas em aberto, porém inexistentes, em universidades públicas de todo o país, na tarde de terça-feira (15), em Dourados. Segundo o delegado plantonista da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Adilson Stiguivitis Lima, a suspeita oferecia vagas para o curso de medicina na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) pelo valor de R$ 50 mil, principalmente a estudantes que faziam cursos preparatórios.

Em nota, a UFGD negou que exista qualquer tipo de fraude ligada à universidade e que o preenchimento de vagas em aberto se dá por meio de edital público, seguindo todos os critérios exigidos pela legislação. A instituição garantiu ainda que, desde 2007, não existem vagas ociosas no curso de medicina.

Lima explicou que as vítimas eram atraídas pela proposta de entrada na universidade sem a necessidade de avaliação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou vestibular. “Ela explicava que eram vagas que estavam sendo ofertadas por outras pessoas terem desistido do curso”, afirmou.

Além da suspeita, duas vítimas do crime de estelionato também foram detidas, mas foram liberadas após depoimento. Conforme o delegado, uma delas fez a denúncia à Polícia Militar após perceber, com outras quatro vítimas que tinham feito pagamento, que a suspeita estaria indo embora da cidade.

Ao menos 15 pessoas foram vítimas do golpe que teria como promessa a entrada no curso de medicina da UFGD, sendo seis de Dourados e outras nove de diversos estados do país.

O delegado ainda afirmou que a quadrilha está sendo identificada, mas nenhum outro suspeito foi preso. O caso foi registrado como associação criminosa e estelionato na 1ª DP e será investigado.

Confira, na íntegra, a nota enviada pela UFGD:

“Nota de esclarecimento à imprensa e à sociedade

A respeito de ocorrência registrada no 1º Distrito Policial de Dourados, divulgada na imprensa, a qual diz respeito a uma quadrilha detida na tarde de hoje (15) pela suposta tentativa de venda de vagas ociosas do curso de Medicina da UFGD, a universidade informa:

A forma de ingresso a qualquer curso da UFGD se dá, primeiramente, por meio de modalidades de ingresso regulares, sendo elas o Processo Seletivo Vestibular e, a partir deste ano, também o ENEM/SISU.

No que tange às vagas denominadas ociosas, que se tornam remanescentes ao longo do ano letivo dentro dos cursos, a UFGD esclarece que, quando existem, são devidamente preenchidas por meio de edital público, no qual são definidos os critérios utilizados para a seleção de acordo com a legislação vigente.

Cabe informar, que desde 2007, não existem vagas ociosas no curso de Medicina da UFGD. A instituição alerta para as práticas da oferta, negociação e venda de vagas, pois tratam-se de ações criminosas.

O Conselho Universitário, órgão colegiado máximo da instituição, definiu em resolução que a ocupação das vagas ociosas ocorre por edital, como citado, e obedece a seguinte ordem:

– Edital de Portador de Diploma para Complementação de Grau ou Habilitação (quando o estudante completa a licenciatura, por exemplo, e ingressa como portador de diploma no bacharelado, do mesmo curso);
– Edital de Transferência Voluntária (quando o aluno, de qualquer instituição brasileira de ensino superior se transfere para vaga existente em outra instituição, do mesmo curso ou curso de áreas afins);
– Edital de Portador de Diploma (quando o aluno já é graduado e, por meio do diploma, ingressa em outro curso da instituição).”

(*) Com informações de G1 MS

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