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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Na OAB, Kohl faz balanço de seu trabalho como secretário da Produção

14/09/2002 19h56 – Atualizado em 14/09/2002 19h56

Durante um debate realizado ontem (13.09) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Campo Grande, o candidato a governador pela Coligação Frente Trabalhista (PDT/PPS), Moacir Kohl, fez um balanço de sua atuação como secretário da Produção e defendeu a política fiscal que implantou no governo. Ele disse que os mais de 17 mil empregos gerados nos últimos três anos só foi possível porque conseguiu atrair cerca de 150 novas empresas, que movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões no período.

Moacir Kohl foi “sabatinado” por especialistas de diversas áreas e detalhou o seu Programa de Governo, respondendo ainda a alguns questionamentos a respeito de sua participação no governo na condição de secretário da Produção. “Conseguimos desenvolver uma política que resultou na instalação de 150 novas indústrias no Estado, que geraram pelo menos 17 mil empregos. Poderíamos ter feito mais ainda, mas o governador priorizou os programas sociais, como o Bolsa Escola e o Segurança Alimentar”, disse ele.

Kohl argumentou que os programas sociais são importantes e que serão mantidos em seu governo. Porém, argumentou que se tivesse tido maior apoio do governador o número de pessoas beneficiadas pelas iniciativas de caráter social poderia ser bem menor, já que muitas delas “com certeza estariam empregadas, não necessitando desse tipo de auxílio”.

O candidato pedetista foi indagado por um advogado se o fato de o Estado estar abrindo mão de impostos, por meio da renúncia fiscal, não estaria provocando prejuízos ao Mato Grosso do Sul. Kohl negou que esteja ocorrendo prejuízos e tomou como exemplo a situação das empresas de tecelagem que se instalaram no Estado.

“Antes delas se instalarem aqui nós tínhamos cem por cento de zero. Quando elas começaram a operar, de um total de 100% de impostos que deveriam pagar, o Estado passou a recolher 20%, já que a renúncia fiscal para o setor é de 80%. O importante é que passamos a ter esses 20%, pois antes não tínhamos nada. Além disso, consumindo energia elétrica, telefone e água elas passaram a recolher impostos sobre esses serviços, o que garante também um ganho para o Mato Grosso do Sul, isso sem contar com a geração de empregos”, exemplificou.

Municipalização – Ele também foi questionado a respeito do Fundersul e reafirmou que ira submeter o fundo a uma completa auditoria. “Passada essa fase, iremos discutir com os produtores a forma como esses recursos serão investidos. A nossa idéia é municipalizar o dinheiro do fundo, para que os prefeitos e as lideranças da classe produtora definam como ele será aplicado”, disse ele.

Kohl citou, como exemplo, o custo de um quilômetros de pavimentação asfáltica, que gira em torno de R$ 300 mil. “Imaginem só a revolução que os prefeitos poderiam fazer nas suas cidades apenas com o dinheiro referente a um quilômetro de asfalto”, argumentou. “As estradas seriam melhor conservadas e as pontes que apresentam problemas poderiam ser substituídas ou, numa outra hipótese, receber manutenção constante”, destacou.

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