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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Incêndio dura 12 dias e destrói propriedades em Inocência



10/09/2018 11h17

Queimada também devastou grande área entre llha Solteira e Itapura; provocar incêndio é crime passível de reclusão

Gisele Berto

Um incêndio de grandes proporções devastou pelo menos cinco fazendas na região de Inocência. A queimada durou 12 dias e avançou sobre a vegetação, casas e a produção de pelo menos cinco fazendas. Com o longo período de estiagem o fogo se espalhou rápido. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

O fogo que começou na madrugada do dia 30 para 31 de agosto. O 4º SGBM/Ind (Subgrupamento de Bombeiros Militar – Independente) de Paranaíba atendeu a região, apoiados por brigadistas formados pelos proprietários e trabalhadores das fazendas.

A região é montanhosa e de difícil acesso. O clima também é um fator preponderante para o avanço das chamas: não há previsão de chuva e, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) a temperatura máxima nesta segunda-feira (10) pode chegar a 38°C.

Apesar de o incêndio ter sido praticamente debelado, ainda está sendo feito o rescaldo para extinguir pequenos focos de queimadas que permanecem ativos.

Imagens impressionantes

Além disso, vídeo enviado ontem, domingo, pela leitora Renata Hiromi Sonehara mostrava um incêndio de grandes proporções na região entre Ilha Solteira e Itapura. A leitora afirmou que “eram vários quilômetros de queimadas”.

Colocar fogo é crime

A grande estiagem que atinge o MS possibilita a propagação de queimadas. Por isso, todo o cuidado é pouco no descarte de material inflamável ou que possa iniciar um incêndio.

Segundo o Código Penal, causar incêndio, expondo perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas, é crime passível de pena de 3 a 6 anos de reclusão, acrescida de multa. Se o incêndio for considerado culposo é pena de detenção, de seis meses a dois anos.

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul publicou um documento com alguns cuidados que, se tomados, podem diminuir a chance de pequenos focos tornarem-se grandes incêndios, provocando a destruição de áreas verdes e trazendo riscos à saúde de quem mora próximo a esses locais:

  • Não jogue pontas de cigarro próximo a qualquer tipo de vegetação;
  • Em acampamentos, apague com água o resto das fogueiras para evitar que o vento leve as brasas para a mata;
  • Seja bastante cuidadoso na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só acenda as fogueiras após limpar bem o local, retirando completamente a vegetação em volta. E não esqueça de apaga-las;
  • Não jogue lixo em lotes e vegetação. As latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e dar origem a queimadas;
  • Não solte balões. Além de perigoso, é crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais;
  • Em casa, não deixe cortinas compridas ou tapetes sobre os fios elétricos;
  • Não limpe o piso da casa com gasolina ou solventes. Os vapores liberados no ar formam misturas explosivas;
  • Jamais deixe o que está cozinhando sem supervisão e nunca coloque papel alumínio ou algum metal dentro do forno de micro-ondas;
  • Embora o quintal seja propriedade particular, não é permitido queimadas em seu terreno. Mesmo em se tratando de rejeitos naturais, o destino correto para rejeitos vegetais como folhas, capim, grama, galhos, troncos, madeira, serragem, esterco seco, entre outros, é enterrar em cova rasa, que permita oxigenação e decomposição, fertilizando o solo ou jogar uma camada de terra, por cima, para decomposição.
  • Em caso de pequenas quantidades, fragmentar os ramos e, com as folhas, ensacar para o lixeiro levar. Em caso de grande quantidade, alugar uma caçamba.
  • Em quintais, hortas, pomares etc, pode-se usar como cobertura morta, auxiliando na fertilização e retenção da umidade do solo, reduzindo o gasto com água.



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