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terça-feira, 16 de abril de 2024

Menino de 13 anos morre no Auxiliadora com suspeita de dengue

04/12/2018 12h38

Garoto teria chegado ao Hospital na tarde de ontem com contagem de plaquetas muito baixa e ficou sob observação, mas não resistiu; família acha que ele demorou muito a ser internado

Gisele Berto

Um adolescente morreu hoje em Três Lagoas em decorrência de complicações com a dengue. Gabriel Roseno Baltazar Neres, de apenas 13 anos, não resistiu à doença e faleceu na manhã desta terça-feira, no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

De acordo com familiares, Gabriel foi levado ao hospital na tarde de ontem, 3, já com contagem muito baixa de plaquetas. Enquanto uma pessoa saudável conta com mais de 150 mil plaquetas, ele marcava 42 mil.

Apesar do quadro grave, ele não teria sido internado e foi mantido sob observação. “Deram soro e deixaram ele na sala de espera, depois levaram para observação e, quando foram internar, mesmo, já foi direto para a UTI. Minutos depois, ele faleceu”, contou um dos familiares do menino.

De acordo com o HNSA, o garoto chegou ao hospital com suspeita de dengue e talassemia, uma forma de anemia crônica, de origem genética. O paciente teria sido atendido pela equipe de assistência médica e de enfermagem, medicado e realizado exames.

No entanto, houve piora considerável do seu quadro clínico e ele não resistiu, morrendo nesta terça, às 8h30.

EPIDEMIA

Os casos de notificação de dengue em Três Lagoas passaram de mil para cada 100 mil habitantes neste ano e a cidade é, hoje, a que possui a maior incidência da doença no estado. A média do Estado de MS é de 175 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto em Três Lagoas foram notficados 1.156 casos no mesmo período.

De acordo com o documento, Três Lagoas registra 1.156 notificações da doença, o que corresponde a 1.054 casos para cada 100 mil habitantes. Desse total, 289 foram confirmados como positivos e 760 já descartados como negativos. Os restantes sete dos casos notificados como suspeitos ainda aguardam resultado de exames laboratoriais.

A Secretaria considera regiões de “alta incidência” todas as cidades que têm mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes.

Gabriel chegou com a contagem de plaquetas muito baixa e, apesar disso, não foi internado e foi apenas mantido sob observação. Foto: Arquivo Pessoal

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