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sábado, 20 de abril de 2024

Moradores em situação de rua causam transtornos em vários pontos de Três Lagoas

09/02/2018 10h06

Praças públicas é ponto de concentração de moradores de rua, alguns deles viciados em drogas, causam problemas para comerciantes, principalmente na região da rodoviária, onde várias ocorrências de furtos são registradas pelas autoridades

Viviane Pinheiro e Ricardo Ojeda

Nos últimos 15 anos, Três Lagoas teve um crescimento acima da média, em comparação a outros municípios do país. A instalação de várias plantas industriais durante esse período gerou milhares de empregos, situação que atraiu leva de desempregados para o município. A grande maioria desses “migrantes”, após o término das obras dos empreendimentos tiveram seus contratos concluídos e retornaram para seus locais de origem. Entretanto, alguns resolveram permanecer na cidade e com isso, engrossando a fila do desemprego que impactava a cidade.

SEM OPÇÃO

Por conta disso, sem renda, algumas dessas pessoas, sem residência fixa, não tiveram outra opção a não ser morarem nas ruas. Com isso, o problema se agravou ampliando o número de sem tetos na cidade.

Sem terem um local para se abrigarem, além de outras privações, muitos se enveredaram na bebida e nas drogas, criando um problema crônico para a sociedade local. Alguns grupos se reúnem nas proximidades da Lagoa Maior, onde dormem debaixo das árvores, outros, ficam na Praça Alvorada, perto da estátua do Cristo, e próximos aos estacionamentos dos supermercados da cidade.

PROBLEMA CRÔNICO

Outro local de grande concentração é a Praça da Rodoviária. Não é de hoje que esses moradores em situação de rua vêm causando transtornos no local e nas vizinhanças. As cenas são rotineiras, onde pedintes acabam constrangendo as pessoas em um dos pontos mais movimentados da cidade.

Comerciantes, passageiros, funcionários que por ali transitam, precisam conviver diariamente com as “investidas” dos andarilhos. Difícil transitar pela região sem ser abordado por eles, os quais pedem dinheiro, comida ou qualquer outro tipo de ajuda.

Furtos, badernas e ameaças e até consumo de drogas são constantes no local. Policiais estão diariamente na rodoviária para inibir a presença dos moradores em situação de rua, porém, eles ainda continuam “perturbando” quem passa na região.

INSEGURANÇA

Quem mora nas proximidades da rodoviária teme pela segurança, já que furtos e roubos estão cada vez mais frequentes. A aposentada Narcy de Freitas Bustamante mora na avenida Antônio Trajano há 30 anos e ultimamente vem tendo problemas com os andarilhos. Em entrevista ao Perfil News, ela relatou a verdadeira guerra com os moradores. “Aqui é uma loucura. Eles fazem a porta da minha casa de banheiro. Além disso, já chegaram a bater no meu portão. Nós ficamos trancados com medo. Eles também jogam marmitas com resto de comida no chão. É um verdadeiro caos”, afirmou.

OCORRÊNCIAS

O lojista Luís Américo Marinho Lopes mora na região da rodoviária há três anos. Ele contou que já foi abordado diversas vezes pelos grupos e atualmente tem um comércio nas proximidades. “Abri uma loja tem um mês. Optei por um espaço com grades para aumentar a minha segurança, porém, sei que isso não inibe os vândalos. Por sorte, há câmeras de segurança no presídio que ajudam a monitorar o meu comércio, me dando um pouco mais de segurança”, disse.

Por conta disso, os moradores ficam aprisionados em suas casas, com portões e portas trancadas. Nos últimos dias, houve mais de oito estabelecimentos roubados por essas pessoas, que inibem a população da localidade.

De acordo com o comandante do 2º BPM, Tenente Coronel, James Magno Silveira, “é constate a fiscalização da Polícia Militar no local. Constantemente é feito a triagem dos moradores e retirados no local, às vezes são até acompanhados pelos integrantes da Promoção Social do município, porém eles retornam algum tempo depois”, disse o militar.

Pedintes constrangem as pessoas na rodoviária, um dos pontos mais movimentados da cidade. (Foto: Ricardo Ojeda)

Alguns grupos também se reúnem nas proximidades da Lagoa Maior. (Foto: Ricardo Ojeda)

Além de constrangerem passageiros, comerciantes e funcionários, os pedintes acabam

Moradores em situação de rua causam transtornos em vários pontos de Três Lagoas

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