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“Brasil está obrigado a escolher entre o ‘coisa ruim’ e o PT?”, diz Ciro

25/09/2018 15h45

Redação

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, reforçou nesta terça-feira (25) o discurso de que representara uma terceira via eleitoral em um cenário polarizado entre as candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

Ciro participou de uma caminhada por Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Foi o segundo dia seguido de agendas dele pelo estado.

Em entrevista coletiva, o pedetista comentou os números da pesquisa Ibope divulgada na noite dessa segunda (24) na qual aparece estagnado na terceira colocação, com 11%, atrás de Bolsonaro (28%) e Haddad (22%).

“Vamos falar sério: nenhuma nação no mundo dá aos institutos de pesquisa o direito de escolher por seu destino”, criticou. “Acredito que a questão simples é pedir ao povo brasileiro para pensar, as pesquisas são apenas um retrato de momento. E pensar é o seguinte: será que o Brasil aguenta projetar a crise de 2014, que nos invadiu desde Dilma até hoje, para a frente? Será que o Brasil está obrigado a escolher entre ‘o coisa ruim’ e a volta do PT?”, prosseguiu. “Não sou favorito e não entrei [para disputar] porque era favorito, mas a eleição está aberta”, definiu.

Para o pedetista, uma eventual escolha entre Bolsonaro e Haddad jogaria o país em um cenário de “ódio, de violência, de sectarismo” a exemplo do que, segundo ele, ocorreu quando Dilma Rousseff venceu o tucano Aécio Neves, em 2014, por uma margem apertada de votos.

“Isso [o ódio] é o que aconteceu quando a Dilma ganhou a eleição por quase nada, e o Aécio se negou a reconhecer o resultado. Se cria no Brasil a ambiência para destruir a economia, e quem está pagando um preço muito caro é a população mais pobre”, destacou. “Temos agora uma chance de ter um caminho novo para o Brasil”, arrematou, sobre sua própria candidatura. “Acho que a população está amadurecendo e vai decidir.

“Não sou favorito e não entrei porque era favorito”, diz Ciro sobre Ibope.

Ciro ainda salientou que, em um quadro no qual mais de metade do eleitorado é composto por mulheres, a tendência é que a rejeição a Bolsonaro aumente, já que é entre o público feminino onde o capitão reformado do Exército encontra hoje maior resistência a seu nome.

“Elas [mulheres] vão à rua em massa dia 29 para defender o Brasil do fascismo, do machismo, da misoginia, da segregação de pessoas que têm orientação sexual diferente. Isso vai tudo repercutir muito fortemente”, avaliou.

Ciro também disse esperar que os últimos três debates –“três debates fundamentais”, classificou– com presidenciáveis durante o primeiro turno sejam decisivos. O próximo acontece amanhã, e é feito pelo UOL em parceria com “Folha de S.Paulo” e SBT, nos estúdios da emissora, em Osasco, na Grande São Paulo. No domingo (30), acontece o debate promovido pela TV Record, em São Paulo, e, no dia 4, os presidenciáveis debatem na TV Globo, no Rio.

(*) UOL

"Brasil está obrigado a escolher entre o 'coisa ruim' e o PT?", diz Ciro

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