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terça-feira, 30 de abril de 2024

Delcídio acerta acordo de delação premiada na Lava Jato

03/03/2016 12h10 – Atualizado em 03/03/2016 12h10

Para ter validade, acordo ainda tem de ser homologado pelo STF. Na delação, senador acusa presidente Dilma e ex-presidente Lula

Da redação

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR) um acordo de delação premiada em troca de possível redução de pena. Ex-líder do governo Dilma Rousseff, Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, por ordem do após ter ficado 87 dias na cadeia acusado de tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

Na delação, Delcídio citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, conforme revelou edição da revista “IstoÉ” que circula nesta quinta-feira (3).

A TV Globo confirmou que o acordo foi assinado, mas que ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de questionamento e ainda está sendo ajustado.

O advogado do senador do PT disse que não comentará o assunto, embora a revista tenha divulgado trechos das revelações feitas pelo parlamentar à PGR.

Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidir se vai homologar o acordo ou não. Se não for homologado, o acordo perde a validade. A homologação é a validação de que se trata de um acordo que cumpriu todas as normas previstas em lei.

Segundo a revista “IstoÉ”, Delcídio afirmou que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, que agiu pessoalmente para barrar as investigações da Lava Jato e que seria o mandante do pagamento para tentar comprar o silêncio de testemunhas.

Delcídio afirma ainda, de acordo com a reportagem da “IstoÉ”, que Dilma agiu para manter na Petrobras os diretores comprometidos com o esquema de corrupção e nomeou para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.

A assessoria da Presidência da República, não se manifestou. O Instituto Lula informou que, por ora, não vai comentar as denúncias de Delcídio do Amaral.

(*) G1

Na delação, Delcídio citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. (Foto: Divulgação)

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