20/01/2003 11h05 – Atualizado em 20/01/2003 11h05
As negociações envolvendo a eleição do presidente do Senado com o PMDB será o principal tema da reunião de hoje da Executiva Nacional do PT. Dois candidatos peemedebistas, por enquanto, disputam a vaga: os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PT luta por aliança com um PMDB unificado.
A intenção dos petistas é homegeinizar o discurso no partido para que não haja desgaste internos. Da reunião, pode ser encaminhada proposta para que Calheiros desista da candidatura. Peemedebistas e lideranças do PT estudam uma “saída honrosa” para o senador: Calheiros poderá ser convidado a assumir a função de líder do governo.
“O presidente manifestou o interesse de ter o PMDB na sua base. Ele quer montar uma base sólida. Vê com bons olhos até a participação de setores do PFL e do PSDB”, disse ontem o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), referindo-se à reunião de Lula com os líderes dos partidos aliados, na sexta.
A reunião de hoje, a partir das 10h, no hotel Blue Tree Tower, também vai tratar da escolha da nova Executiva e da primeira reunião do Diretório Nacional, prevista para o final de fevereiro.
Crise interna
Integrantes do PMDB que apóiam o governo Lula lançaram em João Pessoa (PB), na última semana, a candidatura do senador Pedro Simon (RS) para a liderança do partido no Senado. O grupo, que já considera certa a vitória da candidatura do senador José Sarney (AP) à presidência da Casa, anunciou a realização de uma convenção extraordinária em 16 de fevereiro.
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia assumiu o comando da equipe de seis pessoas que vai tentar viabilizar essa convenção. O mesmo grupo que esteve na Paraíba voltará a se reunir no dia 30, em Brasília, para definir as estratégias.
Nomes como o do senador Maguito Vilela (GO) e do próprio Quércia circulam no partido como possíveis candidatos à sucessão do deputado federal Michel Temer (SP) no comando do PMDB.
A idéia dos peemedebistas, entretanto, é só tratar publicamente do assunto no início do próximo mês. Eles não querem correr o risco de sobrepor pressões e desviar as atenções para o que consideram prioritário hoje: a eleição de Sarney e de Simon.
Fonte: Agência Folha


