02/12/2002 10h45 – Atualizado em 02/12/2002 10h45
SÃO PAULO – A polícia está caçando um homem que já estuprou pelo menos três estudantes da Universidade de São Paulo (USP) desde outubro. O último ataque aconteceu quinta-feira ao meio-dia na Cidade Universitária. As mulheres que estudam e trabalham na área estão apavoradas e agora só andam em grupo.
A instituição está preocupada com os ataques e começará a distribuir hoje uma cartilha com orientações de segurança às universitárias ensinando como evitar e se defender em caso de estupro. A assessora de imprensa da Reitoria, Márcia Furtado, disse que o caso da quinta-feira foi o primeiro a ser praticado dentro do campus, mas já tinham ocorrido outros casos semelhantes na região envolvendo alunas da instituição.
Além da polícia, a Guarda Universitária, contratada pela USP para garantir a segurança do campus, e a Polícia Militar também estão atentas desde quarta-feira para prender o maníaco que vêm atacando as universitárias. Na semana passada, o homem estuprou uma aluna da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas num estacionamento. A vítima foi atacada quando entrava em seu carro. Ela foi violentada dentro do veículo que tem vidros escuros.
- Toda semana temos queixas e às vezes duas ou três na mesma semana, envolvendo estudantes e estagiárias da USP. O lugar é ermo, cheio de mato e, dependendo do ponto do campus, há pouca circulação de pessoas. Tudo isso facilita a ação dos criminosos – avalia o escrivão Osmair de Camargo Pires, do 93º DP (Jaguaré), que registrou o ataque à estudante na semana passada.
O caso agora está nas mãos da 3ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher (DDM), que auxilia a USP na busca pelo bandido. Só que as investigações pararam neste fim de semana, porque a delegacia não abre aos sábados e domingos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, apenas a 1ª DDM funciona aos finais de semana.
A delegada plantonista, que não se identificou, se recusou a falar com o document.write Chr(39)Diário de São Paulodocument.write Chr(39) ontem, alegando que não tinha autorização superior.
Fonte: Diário de São Paulo

