27/11/2002 13h53 – Atualizado em 27/11/2002 13h53
Um palestino e um homem-bomba morreram hoje perto da cidade autônoma de Nablus, na Cisjordânia. Jihad Anatur, de 24 anos, morreu no campo de refugiados de Askar quando soldados israelenses dispararam contra ele. De acordo com a tradição, Anatur estava indo de porta em porta para despertar as pessoas para a oração do Ramadã, o mês de jejum muçulmano. Já o homem-bomba palestino morreu ao explodir seu carro em frente à entrada do escritório de enlace palestino-israelense no Norte da Faixa de Gaza.
Os militares israelenses abriram fogo contra o veículo, que rodava à toda velocidade, e os oficiais de segurança palestinos tentaram detê-lo. As circunstâncias exatas em que a carga explodiu não foram esclarecidas.
A explosão aconteceu em frente ao escritório de enlace palestino-israelense, que se encontra desocupado, perto do terminal de ônibus de Erez, entre Gaza e Israel. A FPLP reivindicou a autoria do ataque em um comunicado recebido pela Agênci AFP. “O mártir Mohannad Mahdi conduziu este ataque contra as forças sionistas no Norte da Faixa de Gaza”, diz o texto.
Outro palestino, Raafat El Madani, de 25 anos, membro do movimento radical Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), foi detido no campo de Askar.
Antes da madrugada de hoje, dois helicópteros Apache israelenses fizeram ataques em Khan Yunes (Sul da Faixa de Gaza). Eles dispararam cinco mísseis contra um bairro do Oeste da cidade e causaram sérios danos a uma escola e uma casa vizinha.
Um dos mísseis caiu em um campo sem explodir. O ataque israelense aconteceu depois que ativistas palestinos atiraram contra a colônia judaica vizinha de Neve Dekalim, indicaram as testemunhas. A polícia israelense está em estado de alerta em Jerusalém, devido a informações sobre possíveis atentados. Foram mobilizadas patrulhas e barreiras nas ruas da cidade.
“Não faremos qualquer comentário sobre este caso”, um porta-voz do exército israelense. Um dirigente do Fatá advertiu imediatamente depois que “a resposta será muito violenta”. “Os israelenses nos surpreenderam e nós os surpreenderemos depois deste assassinato. A partir de agora, já não há acordo para pôr fim aos atentados suicidas contra civis israelenses”, acrescentou.
Fonte: AFP