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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Paralisação dos trabalhadores dos Correios atinge 31 municípios de Mato Grosso do Sul

27/04/2016 18h08 – Atualizado em 27/04/2016 18h08

São diversos os pontos reivindicados pelos trabalhadores, tais como a realização de concurso e contratação para suprir a defasagem de trabalhadores existentes que gera sobrecarga de serviço

Assesoria

A paralisação nacional de 24 horas dos trabalhadores dos Correios atingiu 31 municípios de Mato Grosso do Sul. O movimento foi um ato de advertência ao governo federal e à direção dos Correios em relação às condições de trabalho e ataques aos direitos dos trabalhadores. Para a presidente do sindicato dos funcionários da ECT no estado, Elaine Regina Oliveira, a adesão ao movimento mostra “a ampla insatisfação com o estado de coisas atual existente entre os trabalhadores dos Correios e mostra nossa disposição de luta para revertê-la”.

Em Campo Grande os trabalhadores fizeram uma concentração em frente ao Centro Operacional, na Rua Barão do Rio Branco, e depois seguiram em passeata até o prédio da administração regional, onde realizaram um ato e distribuíram uma carta aberta à população onde são explicadas as razões da paralisação.

Quanto à extensão do movimento, Elaine Regina diz que a quantidade de cidades que aderiram surpreendeu a direção dos Correios. “Eles não esperavam que o movimento tivesse essa adesão que teve. Mas não nos surpreende. Foi mostra, e uma prova, da insatisfação existente entre os trabalhadores. A direção da empresa vai ter que levar isso em conta.” Segundo Elaine o movimento contou com a adesão de carteiros, atendentes das agências e agentes de operação e transbordo. “Ou seja, a insatisfação é generalizada e não somente num segmento da empresa”. Ela ressalta também que em 14 cidades a paralisação das agências foi total e nas outras o funcionamento foi precário, somente com chefes atendendo.

As cidades atingidas pela paralisação no estado de Mato Grosso do Sul foram: Campo Grande, Água Clara, Amambai, Angélica, Aquidauna, Aral Moreira, Caarapó, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Maracaju, Miranda, Mundo Novo, Naviraí, Paraíso das Águas, Paranhos, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sete Quedas, Sidrolândia e Três Lagoas.

De acordo com a sindicalista, agora os sindicatos voltam a se reunir com a federação nacional para fazer uma avaliação e traçar os novos passos do movimento. “Este foi um protesto, uma paralisação, de advertência. Esperamos que a direção da empresa tenha recebido o recado e sente na mesa de diálogo para uma negociação sério, senão o movimento será retomado”.

Segundo Elaine são diversos os pontos reivindicados pelos trabalhadores, tais como a realização de concurso e contratação para suprir a defasagem de trabalhadores existentes que gera sobrecarga de serviço e atraso na entrega de correspondências e mercadorias aos clientes; falta de coisas básicas no local de trabalho, desde copo e água até papel higiênico; imposição de uma “reestruturação” da empresa que prevê o fechamento de agências (para MS está previsto o fechamento de 15 agências); repasse aos trabalhadores do “rombo” de cinco bilhões no fundo de pensão da categoria, fruto de má gestão; pressão e assedio moral sobre os trabalhadores para atingirem metas consideradas impossíveis dada a falta de pessoal e de estrutura; deterioração do Plano de Saúde e falta de segurança nas agências, principalmente do interior. “Este são alguns pontos das nossas reivindicações e pelos quais fizemos esta paralisação. Agora apostamos na sensibilidade da direção da empresa para que negocie ou teremos que retomar nosso movimento em nível nacional”.

“O recado foi dado, esperamos que o governo e a direção da ECT assimilem o que aconteceu. Estamos abertos ao diálogo, mas não abrimos mão do nosso direito de organização e mobilização”, conclui a presidente do sindicato.

(*) Assessoria de Comunicação do SINTECT-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul)

Os sindicatos voltam a se reunir com a federação nacional para fazer uma avaliação e traçar os novos passos do movimento. (Foto: Assessoria)

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