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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Pelo terceiro dia, bombeiros tentam extinguir fogo que consome tanques de combustíveis em Santos

04/04/2015 09h14 – Atualizado em 04/04/2015 09h14

O incêndio, que começou na quinta-feira, até o momento não foi extinguido, embora o trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros; o sinistro ocorre nas instalações da empresa Ultracargo – cinco tanques já foram atingidos

Da redação

Os trabalhos para combater o incêndio que atinge três tanques da empresa Ultracargo, na área industrial do bairro Alemoa, em Santos, no litoral de São Paulo, continuam neste sábado (04). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, não há nenhuma previsão exata para que o fogo seja extinguido.

O incêndio começou por volta das 10h de quinta-feira (02) e atingiu quatro tanques de combustíveis. A temperatura no local chegou a 800°C. Durante a manhã de ontem (03), um quinto tanque também foi atingido. No entanto, durante a noite, apenas três tanques continuavam em chamas. Os trabalhos do Corpo de Bombeiros continuaram por toda a madrugada deste sábado e não há previsão de quando a ocorrência deve terminar. Segundo os bombeiros, ninguém morreu no incêndio e pelo menos 15 pessoas que trabalhavam no local precisaram de atendimento médico. Todas já foram liberadas.

Na noite de sexta, alguns peixes mortos foram encontrados no canal do Porto de Santos. De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o fato já era esperado por conta da grande emissão de gazes e não representa grande dano ambiental.

O sub-comandante dos bombeiros do Estado de São Paulo, Rogério Bernardes Duarte, considerou que a operação realizada durante a sexta-feira, de combate às chamas na Ultracargo, foi um sucesso. “Foram usados quatros jatos de água e espuma durante todo o dia. Um tanque foi totalmente derretido e o outro já não tem mais combustível. No momento, são três tanques com fogo”, afirma.

Já o Comandante da operação, Wagner Bertollini Junior, salientou que os tanques possuem um sistema para retirar o combustível, entretanto ele não funcionou. “Os sistemas foram danificados e os tanques não estão podendo ser esvaziados por baixo. Então eles estão em uma situação quase que surreal porque eles continuam cheios em volta de um tanque pegando fogo. Essa que é a nossa grande dificuldade”, diz.

O gerente da Cetesb explicou que os moradores das cidades da Baixada Santista não correm nenhum risco após a fumaça ter tomado o céu da região. “Há um impacto muito grande esteticamente, mas do ponto de vista de intoxicação ela não traz malefícios para a população. Fizemos uma medição ontem e está tudo dentro dos limites aceitáveis. Não há impacto significativo para a população”, afirma César Eduardo Padovani Valente.

Resfriamento de tanques

O acesso de embarcações às áreas ao redor do incêndio na Ultracargo teve que ser limitado após o fogo se alastrar. “Os terminais de Santos próximos do incêndio estão fechados e o canal que dá acesso aos terminais de Cubatão também foi bloqueado por motivos de segurança, já que ele é estreito”, conclui o Capitão da Marinha Ricardo Gomes.

Segundo os bombeiros, o foco dos trabalhos é no resfriamento dos tanques que ainda não foram atingidos. A temperatura média no foco principal do incêndio gira em torno dos 800ºC, o que causou o derretimento de um dos cinco tanques atingidos. Por causa do calor, os bombeiros ficam a uma distância de 100 metros do local das chamas para fazer a contenção do fogo. A água não é direcionada para as labaredas, já que o líquido evapora antes de atingir o chão por causa do calor.

Fumaça

Desde o início do incêndio, uma enorme coluna de fumaça preta pôde ser vista por moradores de várias cidades da Baixada Santista. Moradores contam que uma explosão começou o incêndio e outras foram ouvidas na sequência.

Após a primeira explosão, a Prefeitura de Santos informou que 15 pessoas foram atendidas ainda no local, todos homens com superaquecimento do corpo. Três pessoas foram levadas ao Pronto Socorro Central após terem sofrido ainda com crise nervosa e inalação de fumaça.

Na madrugada de sexta-feira, o bombeiro Claudio Rodrigues Gonçalves, de 39 anos, foi atingido por uma fagulha e encaminhado para o Pronto Socorro da Santa Casa com lesão ocular, para avaliação oftalmológica, e também foi liberado.

(*) Informações do G1

Bombeiros lançam jatos de água nos tanques de combustíveis incendiados, mas o forte calor das chamas fazem o líquido evaporar antes de chegar aos focos (Foto

Coluna de fumaça negra do incêndio pode ser vista de várias cidades da região (Foto: G1)

Ninguém morreu no incêndio e pelo menos 15 pessoas que trabalhavam no local precisaram de atendimento médico (Foto: G1)

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